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França, Alemanha e Grã-Bretanha alertam para tentativa de bloqueio russo à assinatura de acordo sobre nuclear iraniano

A França, a Alemanha e o Reino Unido afirmaram que as novas exigências russas nas negociações sobre o programa nuclear do Irã, poderiam levar à ruptura do acordo que estaria “pronto para ser concluído” e que deve ser “assinado de maneira urgente”.

O diretor da Agência internacional de energia atômica (AIEA) Rafael Mariano Grossi (e) e o chefe da Organização iraniana de Energia atômica Mohammad Eslami, em Teerã, em 5 de março de 2022.
O diretor da Agência internacional de energia atômica (AIEA) Rafael Mariano Grossi (e) e o chefe da Organização iraniana de Energia atômica Mohammad Eslami, em Teerã, em 5 de março de 2022. via REUTERS - WANA NEWS AGENCY
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“Ninguém deveria procurar explorar as negociações”, sobre o nuclear iraniano, “para obter garantias que não têm nada a ver com o acordo” de Viena, declarou sábado (12) em um comunicado, o grupo de países negociadores europeus, chamado E3, após a suspensão brutal das discussões devido às novas exigências russas. Moscou não foi citada no documento.

“Isso pode levar a uma ruptura do acordo, privando o povo iraniano do fim das sanções e a comunidade internacional de garantias necessárias sobre o programa nuclear iraniano”, acresentou o texto.

Em 4 de março, os diplomatas mencionaram um acordo iminente, após meses de uma maratona de negociações. Mas no dia seguinte, Moscou, atingida por sanções ocidentais após a invasão da Ucrânia, pediu aos americanos garantias de que as medidas de retaliação não afetariam sua cooperação econômica com o Irã.  

As reivindicações foram consideradas “fora de contexto” pelo chefe da diplomacia americana Antony Blinken, mas suspenderam imediatamente as discussões.

Decepção

“Expressamos nossa decepção”, insistiram os países no comunicado. “Entendemos que o Irã e os Estados Unidos trabalharam ativamente para resolver os últimos assuntos bilaterais e estamos prontos para concluir o acordo agora”, acresenta o documento. “A aprovação sobre o retorno ao acordo de Viena, hoje em cima da mesa, deve ser concluído com grande urgência”, destaca.

Concluído entre Irã, Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha, o pacto assinado em 2015 tinha o objetivo de impedir Teerã de munir-se da bomba atômica em troca do fim das sanções que asfixiam a economia do país.

Mas com a saída de Washington decida por Donald Trump, que restabeleceu as sanções contra o Irã, o acordo foi suspenso e Teerã progressivamente se liberou dos limites impostos a seu programa nuclear. As negociações foram retomadas após a eleição de Joe Biden.

Com informações da AFP

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