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Nigéria/violência

EUA vão ajudar a Nigéria a localizar estudantes sequestradas

Os Estados Unidos vão enviar uma delegação à Nigéria para ajudar o governo nigeriano a localizar as 276 adolescentes raptadas, há três semanas, em uma escola de Chibok, no interior do país pela seita islâmica Boko Haram. O líder do grupo radical ameaçou, em um vídeo, vender as meninas.

Algumas das mais de 200 estudantes sequestradas já foram vendidas como esposas na fronteira com Chade e Camarões.
Algumas das mais de 200 estudantes sequestradas já foram vendidas como esposas na fronteira com Chade e Camarões. REUTERS/Akintunde Akinleye
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Em viagem à África, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse que seu país fará “todo o possível para ajudar o governo da Nigéria a trazer as jovens de volta para suas casas e levar os criminosos à Justiça”. De acordo com a imprensa americana, os Estados Unidos devem cooperar com agentes do serviço de inteligência na busca das estudantes sequestradas, mas o envio de tropas está descartado.

Ontem, em uma mensagem de vídeo de quase uma hora, o líder do grupo Boko Haram, Abubakar Shekau, declarou que vai vender as meninas como escravas ou casá-las à força. Dando risada diante da câmera, ele afirmou que a educação ocidental é um pecado e que age "em nome de Alá". Boko Haram, em língua haússa, significa “a educação ocidental é um pecado”.

Há suspeitas de que as meninas tenham sido levadas para países vizinhos como Chade e Camarões, onde teriam sido vendidas por US$ 12 (R$26). Segundo a polícia, 53 garotas conseguiram fugir.


Ameaças

No vídeo, que dura 57 minutos, o líder do Boko Haram também ataca os líderes ocidentais e afirma que, quem está ao lado do presidente Barack Obama, do presidente francês, François Hollande, e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, está contra os muçulmanos. Ele também disse que o Boko Haram está em guerra contra “todos os cristãos do mundo”.

Manifestações

Milhares de pessoas têm participado de protestos na Nigéria para exigir a volta das adolescentes. O governo do presidente Goodluck Johnathan tem sido duramente criticado por sua ineficiência no combate aos radicais islâmicos do grupo Boko Haram. O caso fragiliza o presidente no momento em que o país sedia, até sexta-feira, o Fórum Econômico para a África.

Nesta segunda-feira (5) à noite, centenas de pessoas protestaram nas cidades nigerianas de Lagos e de Abuja para pedir a libertação das meninas. “Esse é apenas um começo. Enquanto elas não forem libertadas, nós vamos continuar a protestar. Vamos mobilizar [cada vez mais pessoas]”, disse Charlotte Obidairo, da ONG Youth Empowerment and Development Nigeria.

 Nas redes sociais, campanha "Bring back our girls" (tragam de volta nossas meninas, em português) foi lançada no Facebook, no twitter e no site da Casa Branca.

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