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Nigéria/Terrorismo

Nigéria: 71 mortos e 124 feridos em atentado a rodoviária

Um duplo atentado à bomba matou pelo menos 71 pessoas e deixou outras 124 feridas na manhã desta segunda (14) nos arredores de Abuja, capital da Nigéria. Os explosivos atingiram a rodoviária de Nyanya, na saída sul da cidade, em plena hora do rush. Segundo o porta-voz da polícia, Frank MBA, os feridos estão sendo atendidos em hospitais da região e também no interior.

Rodoviária de Nyanya, em Abuja, capital da Nigéria
Rodoviária de Nyanya, em Abuja, capital da Nigéria EUTERS/Afolabi Sotunde
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O responsável pelos serviços de resgate de Agência Nacional de Gestão de Emergências, Charles Otegbade, afirma que uma das explosões aconteceu em um veículo que estava dentro da rodoviária. O atentado ocorreu às 6h45 no horário local (2h45 em Brasília) e atingiu vários ônibus e lojas.

Ainda que nenhum grupo tenha assumido a autoria, o presidente Goodluck Jonathan declarou que o seu país irá até o fim para superar a brutal insurreição do grupo islâmico Boko Haram. “Perdemos um grande número de pessoas”, afirmou Jonathan, em visita ao local. “Boko Haram é uma página lamentável da história do nosso desenvolvimento, mas nós vamos superá-la”.

O grupo Boko Haram, que pretende criar um Estado islâmico no norte da Nigéria – região de maioria muçulmana –, já realizou diversos ataques a Abuja. A violência, que começou na década passada, chegou a virar conflito armado em 2009, quando o grupo atacou simultaneamente quatro Estados do norte. A reação das forças nacionais deixou um saldo de 700 mortos.

Escalada de terrorismo

O grupo também assumiu um atentado suicida com um carro-bomba que atingiu a sede das Nações Unidas em Abuja, causando 26 mortos, em 2011. Em 2010, outro grupo extremista, o Movimento pela Emancipação do Delta do Níger, foi o responsável por um duplo atentado que atingiu a capital durante as celebrações dos 50 anos de independência do país.

Os ataques do Boko Haram já deixaram mais de 1,5 mil mortos desde janeiro, segundo a Anistia Internacional, e milhares de vítimas desde 2009. A maioria dos ataques ocorreu no nordeste do país, feudo histórico do grupo. A Nigéria é o primeiro produtor africano de petróleo e se encontra dividido entre o norte de maioria muçulmana e o sul de maioria cristã.
 

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