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Nigéria/Violência

Boko Haram reivindica sequestro de mais de 200 meninas na Nigéria

O grupo armado islâmico Boko Haram reivindicou em um vídeo o sequestro de mais de 200 estudantes do ensino médio em meados de abril no noroeste da Nigéria, ameaçando tratá-las como "escravas", vendê-las e obrigá-las a se casarem. Esse foi o ataque mais chocante do movimento, que já deixou milhares de mortos desde o início de sua insurreição, em 2009.

Uma manifestação em Lagos nesta segunda-feira (5) pediu a libertação das adolescentes sequestradas de uma escola do norte da Nigéria.
Uma manifestação em Lagos nesta segunda-feira (5) pediu a libertação das adolescentes sequestradas de uma escola do norte da Nigéria. REUTERS/Akintunde Akinleye
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"Eu sequestrei suas filhas", declarou o chefe do grupo extremista, Abubakar Shekau, em um vídeo de 57 minutos obtido pelas agências de notícias. Ele falava das 276 adolescentes sequestradas no dia 14 de abril do colégio onde estudavam em Chibok (noroeste), no estado de Borno. Segundo a polícia, 53 delas conseguiram fugir, mas 223 permanecem em cativeiro.

"Eu vou vendê-las no mercado, em nome de Alá", disse Abukabar Shekau. Há rumores de uma possível transferência das adolescentes para os vizinhos Chade ou Camarões, onde elas seriam vendidas por 12 dólares (26 reais) cada uma.

"Eu disse que a educação ocidental deveria acabar. Meninas, vocês devem abandonar a escola e se casar", acrescentou Shekau. Ele revelou que guarda "pessoas como escravas".

Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é um pecado" na língua haúca (idioma falado por 40 milhões de pessoas na África Central), reivindica a criação de um Estado islâmico no norte da Nigéria.

O grupo extremista já fez milhares de mortos desde o início de sua insurreição em 2009, durante ataques visando escolas, igrejas, mesquistas e símbolos do Estado e das forças de segurança. Mas esse sequestro de massa, visando particularmente meninas, não tem precedentes. Foi o ataque mais chocante já feito por esse movimento, que matou 1500 pessoas desde o início deste ano.

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