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Irã lança ataque contra Israel e suscita reação internacional em cadeia

A televisão estatal iraniana anunciou na madrugada de domingo (noite de sábado, 13, no Brasil) que os Guardiães da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica, lançaram um ataque contra Israel. A  imprensa norte-americana afirmou que Estados Unidos interceptaram drones lançados por Teerã. União Europeia condena uma "escalada sem precedentes".

Premiê israelense Benjamin Netanyahu reunido em local secreto logo após ataque anunciado por Irã
Premiê israelense Benjamin Netanyahu reunido em local secreto logo após ataque anunciado por Irã AFP - -
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"Em resposta aos numerosos crimes cometidos pelo regime sionista, incluindo o ataque à seção consular da embaixada da República Islâmica do Irã em Damasco e o martírio de um grupo de comandantes e assessores militares de nosso país na Síria, a força aérea da Força Aeroespacial do Corpo de Guardiães da Revolução Islâmica disparou dezenas de mísseis e drones contra alvos específicos dentro dos territórios ocupados", afirmou o canal estatal, citando o departamento de relações públicas dos Guardiães.

 A operação, chamada de "Promessa Honesta", foi "lançada com a aprovação do Conselho Superior de Segurança Nacional e sob a supervisão do Estado-Maior Geral das Forças Armadas", declarou a televisão, indicando que os detalhes seriam em breve "divulgados ao heroico povo iraniano e aos combatentes da liberdade de todo o mundo". Minutos após o início da operação, a conta na rede social X do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, voltou a publicar uma mensagem afirmando que "o regime diabólico será punido".

Sirenes de alerta foram ouvidas imediatamente no território israelense. Diante da situação, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reuniu em um local secreto seu Estado-Maior junto com seus colaboradores mais próximos em matéria de segurança, incluindo o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e Benny Gantz, ministro sem pasta e membro de sua coalizão governamental, segundo uma foto de seus serviços.

Vários países da região, como Jordânia e Iraque, além de Israel, fecharam seu espaço aéreo.

A União Europeia (UE) "condenou veementemente" o ataque com drones e mísseis lançado na noite de sábado pelo Irã contra Israel, afirmou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. "Trata-se de uma escalada sem precedentes e uma grave ameaça à segurança regional", escreveu o diplomata nas redes sociais.

O Reino Unido declarou que, “se necessário”, interceptará qualquer ataque aéreo.

Berlim afirmou que a ofensiva iraniana pode mergulhar a região “no caos”.

Estados Unidos teriam interceptado os drones

O presidente norte-americano Joe Biden garantiu a Israel apoio “inabalável” diante do ataque iraniano. Um pouco mais cedo, Teerã pediu para os Estados Unidos "ficarem de fora" de seu conflito com Israel.

Mas rapidamente a imprensa americana informou que Washington já teria derrubado os drones lançados por Teerã. Os canais de televisão CNN e ABC noticiaram a intercepção, mas não deram detalhes sobre o número que equipamentos que teriam sido abatidos ou sobre qual território sobrevoavam quando a operação ocorreu.

Israel estava em alerta após ameaças do Irã, que prometeu “puni-lo” em resposta a um ataque mortal em 1° de abril contra o seu consulado em Damasco, episódio que custou a vida a dois generais da Guarda Revolucionária. Teerã acusou Israel e o Estado hebreu que não confirmou nem negou a autoria. 

(Com informações da AFP)

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