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Irã critica veto dos EUA no Conselho de Segurança da ONU e apoio a Israel na guerra contra o Hamas

O Irã alertou neste sábado (9) para “a possibilidade” de “uma explosão incontrolável” no Oriente Médio se os Estados Unidos continuarem a apoiar Israel na guerra contra o Hamas. Foi o que disse o ministro de relações exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, numa conversa por telefone com o secretário-geral da ONU, António Guterres, um dia após o veto americano a uma resolução do Conselho de Segurança que apelava a um “cessar-fogo humanitário imediato” em Gaza.

Nesta foto, a fumaça pode ser vista no céu de Khan Younès, cidade alvo de ataques israelenses. Sábado, 9 de dezembro de 2023.
Nesta foto, a fumaça pode ser vista no céu de Khan Younès, cidade alvo de ataques israelenses. Sábado, 9 de dezembro de 2023. REUTERS - BASSAM MASOUD
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“Enquanto a América apoiar os crimes do regime sionista e a continuação da guerra (…) existe a possibilidade de uma explosão incontrolável na região”, alertou o chefe da diplomacia iraniana. O Irã também rejeita a informação de que “o Hamas violou” a trégua, terminada no dia 1° de dezembro.

Na sexta-feira (8), os Estados Unidos vetaram o texto elaborado pelos Emirados Árabes Unidos que previa um “cessar-fogo humanitário” em Gaza, a libertação “imediata e incondicional” de todos os reféns e a “garantia do acesso humanitário”. A resolução obteve 13 votos a favor, um contra e uma abstenção (do Reino Unido).

O grupo fundamentalista islâmico Hamas “condenou veementemente” o veto americano, uma “posição imoral e desumana” e de “participação direta” nos “massacres”, segundo declaração do principal responsável político do movimento.

“Ao vetar a resolução, os Estados Unidos são os únicos a votar contra a humanidade”, lamentou, de sua parte, a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF). "Ao continuarem a fornecer cobertura diplomática as atrocidades em Gaza, sinalizam que 'a vida de algumas pessoas importa menos do que a de outras'," completou a ONG.

Os Estados Unidos vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que apelava a um “cessar-fogo humanitário imediato” em Gaza. Em Nova York, em 8 de dezembro de 2023.
Os Estados Unidos vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que apelava a um “cessar-fogo humanitário imediato” em Gaza. Em Nova York, em 8 de dezembro de 2023. © AP

Nesta manhã, Israel mantém a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza.  Bombardeios aéreos e marítimos atingiram o enclave palestino visando “alvos terroristas”, segundo o Exército. Os confrontos terrestres entre soldados israelenses e combatentes do Hamas continuam a acontecer em diferentes setores do território palestino.

Segundo o Hamas, mais de 150 palestinos foram mortos nas últimas 24 horas. Um homem foi morto neste sábado durante um ataque do Exército israelense em Doura, na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967, informou a agência oficial palestina Wafa.

A guerra, que entrou no seu 64º dia, foi desencadeada por um ataque sangrento e sem precedentes perpetrado pelo movimento islâmico palestino Hamas, em 7 de outubro, em solo israelense, a partir da Faixa de Gaza.

Segundo Israel, 1.200 pessoas, a maioria civis, foram mortas durante este ataque, durante o qual cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para o território palestino, 138 das quais permanecem em cativeiro.  

Em retaliação, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O Ministério da Saúde do Hamas informou, na sexta-feira, que 17.490 pessoas morreram em bombardeios israelenses, mais de 70% são mulheres, crianças e jovens menores de 18 anos, bem como dezenas de milhares de feridos.

Brasil envia avião para resgatar cidadãos em Gaza   

O governo brasileiro realiza neste sábado mais um voo de repatriamento de seus cidadãos em áreas de conflito no Oriente Médio. O avião da Força aérea brasileira (um Airbus 330 200) decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, às 5h08, pelo horário de Brasília, num voo sem escalas rumo ao Aeroporto Internacional do Cairo, no Egito. O objetivo é fazer o resgate de repatriados que estão na Faixa de Gaza.   

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