Acessar o conteúdo principal
Turquia/ ataque

Turcos voltam às ruas em homenagem a vítimas de atentado em Ancara

Os turcos não recuaram diante do terrorismo. Depois do violento ataque que matou pelo menos 95 pessoas no centro de Ancara, neste domingo (11) milhares de pessoas voltaram às ruas da capital do país para homenagear as vítimas, que participavam de uma manifestação pela paz, no sábado (10). Em luto, muitos manifestantes desta manhã gritavam frases contra o governo turco.

Mulher oferece flor para policiais durante nova manifestação em Ancara neste domingo, em homenagem a vítimas de atentado do sábado.
Mulher oferece flor para policiais durante nova manifestação em Ancara neste domingo, em homenagem a vítimas de atentado do sábado. REUTERS/Umit Bektas
Publicidade

A homenagem aconteceu na praça Sihhiye, perto do local do atentado, ocorrido em frente à principal estação de trem da cidade. Na multidão, ouvia-se “Erdogan [presidente turco] assassino”, “policiais assassinos”. O acesso à região do parlamento e dos ministérios foi bloqueado pela polícia.

Um luto oficial de três dias foi decretado depois do duplo atentado, o pior já cometido no país. As autoridades turcas afirmam que as explosões foram causadas por dois homens-bomba – as detonações ocorreram com poucos segundos de intervalo. Na ocasião, militantes da esquerda e simpatizantes da causa curda pediam a paz, quando as explosões ocorreram em meio aos participantes.

Neste domingo, o Partido Democrático do Povo, que estava presente no protesto de sábado, acusa a polícia de ter agredido seus militantes que queriam depositar flores no local dos ataques. O partido indica que alguns militantes ficaram feridos.

Lista longa de suspeitos

O governo nega qualquer implicação nos atentados. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, citou o grupo Estado Islâmico, os nacionalistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e um grupo de extrema-esquerda, o Partido da Frente Revolucionária de Libertação do Povo, como possíveis autores dos ataques, que ainda não foram reivindicados.

Militantes nacionalistas turcos, contrários a qualquer acordo com os curdos, também são evocados como suspeitos, mas não pelo governo. Baseada em fontes da investigação da tragédia, a imprensa turca afirma que um dos autores do atentado seria um homem de 25 a 30 anos.

Das 95 vítimas, 52 já foram identificadas e o trabalho de reconhecimento dos corpos continua. Entre os 246 feridos, 48 estão internados em estado grave.

As eleições legislativas antecipadas, previstas para ocorrerem em 1º de novembro, estão mantidas. O governo informa que a segurança vai ser reforçada nos locais de votação.

Com informações Reuters e AFP

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.