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Síria/Guerra

Cresce tensão entre Turquia e Rússia por invasão de espaço aéreo turco

A Turquia convocou o embaixador russo em Ancara pela segunda vez em dois dias para protestar veementemente pela violação do espaço aéreo do país pela aviação russa. A informação foi revelada nesta terça-feira (6) por uma fonte do ministério turco das Relações Exteriores que pediu anonimato.

Imagem de um avião militar russo na base militar de Heymin, na Síria, divulgada pelo ministério russo da Defesa.
Imagem de um avião militar russo na base militar de Heymin, na Síria, divulgada pelo ministério russo da Defesa. REUTERS/Ministry of Defence of the Russian Federation
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Ontem, na segunda vez em que foi convocado, o embaixador russo ouviu os protestos do governo turco pela invasão do espaço aéreo no domingo. Em comunicado, as autoridades de Ancara informaram que dois aviões de caça F-16 do país foram "perseguidos" durante mais de cinco minutos por um MiG-29 não identificado durante uma missão de vigilância.

Ainda não está claro se a segunda convocação do embaixador estaria relacionada com uma nova invasão do espaço aéreo turco. Na segunda-feira, a Turquia já havia convocado o embaixador depois de um incidente no sábado (3) junto à fronteira síria. Na ocasião, aviões turcos interceptaram um caça da Força Aérea russa que foi obrigado a dar meia volta.

Moscou justificou a incursão de "alguns segundos" no espaço aéreo turco devido às más condições meteorológicas. O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu alertou que seu país vai agir de acordo com suas normas militares se seu espaço aéreo for novamente violado.

Críticas à Moscou

A OTAN alerta a Rússia para essas violações estremamente perigosas. A aliança atlântica militar denuncia na manhã desta terça-feira que a entrada dos aviões russos no espaço aéreo turco "não é um acidente" como afirma Moscou. Ancara integra a OTAN. Reunidos em Bruxelas, os 28 países da organização falam um "comportamento irresponsável" da Russia. Eles pedem também que os aviões russos que atuam na Síria parem de atacar civis.

No Chile, onde se encontra em visita oficial, o chefe da diplomacia americana, John Kerry, afirmou que os aviões russos poderiam ter sido abatidos como represália.

Desde a semana passada, o governo da Rússia deu início a bombardeios no território sírio visando, oficialmente, a organização terrorista Estado Islâmico e "outros grupos terroristas". Muitos países ocidentais estimam que os ataques russos têm como alvo também grupos "moderados" de oposição ao presidente sírio Bashar Al-Assad.

Com informações das AFP

 

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