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USA/Afeganistão

Obama anuncia saída de tropas dos EUA do Afeganistão até 2016

Barack Obama anunciou nesta terça-feira (27) que vai retirar todas as tropas norte-americanas do Afeganistão até 2016. Com isso, o chefe da Casa Branca diz que pretende “virar a página” das guerras lançadas após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. A decisão ainda depende da assinatura de um tratado com o novo presidente afegão.

Barack Obama disse que quer "virar a página" das guerras retirando as tropas norte-americanos do Afeganistão.
Barack Obama disse que quer "virar a página" das guerras retirando as tropas norte-americanos do Afeganistão. REUTERS/Kevin Lamarque
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O presidente norte-americano disse que as tropas de seu país permanecem no Afeganistão até o final de 2014. Mas após esta data, os soldados devem deixar o terreno aos poucos, até a retirada total, em 2016. O período de transição, a partir do ano que vem, será dedicado às “operações de luta contra os terroristas da Al Qaeda” e o treinamento das forças afegãs, explicou o chefe da Casa Branca.

A aplicação deste calendário ainda depende da assinatura de um Tratado bilateral de segurança (BSA, na sigla em inglês), que estabelecerá as condições de uma possível presença militar norte-americana no país. O texto deverá ser validado pelo novo presidente afegão, já que Hamid Karzaï, que está terminando seu mandato, não aprovou o documento. No entanto, os dois candidatos para o segundo turno da presidência do país, Ashraf Ghani e Abdullah Abdullah, já avisaram que concordam com os termos do acordo e que pretendem ratificá-lo ao serem eleitos.

De acordo com o Pentágono, atualmente 32.800 soldados norte-americanos estão no Afeganistão. Eles contam com o apoio de 17.700 aliados e 340.600 membros da polícia e do exército afegão para manter a segurança no país.

Obama já retirou as tropas norte-americanas do Iraque em 2011 e se conseguir cumprir sua promessa também no Afeganistão, ele colocará um ponto final, antes do término de seu segundo mandato, em 2017, em dois conflitos que custaram a vida à mais de 6 mil militares do lado dos Estados Unidos. “Eu acho que os americanos entenderam que é mais difícil terminar guerras do que começá-las”, declarou o chefe da Casa Branca. “O Afeganistão não é um lugar perfeito, e não são os Estados Unidos que vão mudar isso”, completou Obama.

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