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Líbia/combates

Batalha final na Líbia é iminente, dizem rebeldes

A batalha final na Líbia é iminente, declarou nesta terça-feira em Benghazi o porta-voz militar da rebelião, Ahmed Omar Bani. De acordo com ele, os rebeldes estão prontos para o combate que colocará um fim definitivo na guerra. Os rebeldes também descartam qualquer intervenção estrangeira. Kadafi estaria em Shaba, um dos redutos das forças pró-regime.

Distribuição de alimentos em Trípoli, no dia 27 de agosto de 2011
Distribuição de alimentos em Trípoli, no dia 27 de agosto de 2011 REUTERS/Youssef Boudlal
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Segundo o porta-voz do CNT(Conselho Nacional de Transição), até agora os rebeldes não receberam nenhuma proposta de rendição pacífica. "O início da batalha final é iminente", disse Ahmed Omar Bani em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira. De acordo com a OTAN, Kadafi ainda estaria no comando de suas tropas na Líbia. Ele estaria escondido em Sabha, no sul, onde ainda tem aliados.

A Organização também anunciou nesta terça-feira que irá concentrar suas operações militares no leste de Syrte, cidade natal de Kadafi. O CNT (Conselho Nacional de Transição) lançou um ultimato às forças do ex-ditador que ainda resistem ao avanço rebelde : caso não entreguem as armas até sábado, serão rendidos à força. A Organização ainda declarou que as discussões entre as forças pro e anti-Kadafi indicavam progressos. Moustafa Abdjeïl, representante do CNT, ressaltou que não haverá necessidade de uma intervenção estrangeira. Ainda segundo ele, a família de Kadafi deve deixar a Argélia e se instalar em breve em um outro país.

Corte de abastecimento

As forças pro-Kadafi em Sirte cortaram parte do abastecimento de água em Trípoli, segundo um relatório do Escritório Humanitário da União Europeia. A água utilizada na capital é proveniente de um rio artificial, que aproveita os recursos do subsolo do Saara e foi construído durante o governo de Kadafi. A válvula que conduz a água até Trípoli foi bloqueada pelos soldados do regime.

De acordo com o documento, algumas regiões de Trípoli estão sem água há três dias, obrigando as organizações humanitárias a transportar alimentos e outras provisões pelas vias marítimas e terrestre. O PAM (Programa Alimentar Mundial) informou que um navio transportando 500 mil litros de água deveria chegar à capital nesta terça-feira.

O fornecimento de combustível também foi interrompido durante as batalhas e há apenas energia elétrica disponibilizada por geradores, o que é insuficiente para assegurar os atendimentos nos hospitais. De acordo com o Conselho Nacional de Transição, são necessárias 250 mil toneladas de combustível na capital para suprir as necessidades da população.
 

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