Para ministros da Defesa, a guerra na Líbia ainda não terminou
Os ministros da Defesa de países que participam das Forças da Otan na Líbia declararam após um dia de reunião em Doha que a guerra no país ainda não acabou. Em comunicado, eles afirmaram que é necessário mais ajuda para acabar de vez com o regime de Kadafi.
Publicado em:
Os ministros da Defesa de países que participam da intervenção militar na Líbia e apoiam os insurgentes se reuniram nesta segunda-feira em Doha para discutir a situação no país após a tomada de Trípoli pelos rebeldes. No comunicado divulgado após o encontro, eles julgam que as operações militares conjuntas no país ainda são necessárias para eliminar “os restos” do regime.
Na abertura do encontro, o Chefe do Conselho Nacional de Transição da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, tinha pedido a ajuda da OTAN para continuar a proteger a população do país de Muammar Kadafi. Segundo ele, o ditador ainda representa uma ameaça para a Líbia e para o mundo, principalmente pelos discursos incitando seus partidários a resistir.
Durante entrevista coletiva em Doha, o almirante americano Samuel Locklear, que comanda as operações militares da Otan na Líbia confirmou que a missão da OTAN, que termina oficialmente no dia 27 de setembro, ainda não chegou ao fim.
Reabertura da embaixada da França em Trípoli
A França reabriu nesta segunda-feira sua embaixada em Trípoli, informou o Ministério de Relações Exteriores francês. A representação diplomática francesa estava fechada desde o final de fevereiro, quando começou o conflito no país, por falta de condições de segurança. Ela foi reaberta por Pierra Seillan, diplomata adjunto do representante da França em Benghazi, reduto da rebelião.
A reabertura da embaixada acontece três dias antes da realização da conferência dos amigos da Líbia, em Paris, convocada pelo presidente Nicolas Sarkozy para ajudar a transição líbia. Segundo o ministério das Relações Exteriores, cerca de 60 delegações, incluindo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, representantes do CNT e de países como a Índia, China e Rússia, devem participar da reunião.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro