Atentado suicida deixa pelo menos sete mortos no Iêmen

Ao menos sete militares morreram e 23 outros ficaram feridos com a explosão de um carro-bomba em Dofas, posto de controle militar localizado a um quilômetro de Zinjibar, cidade do sul do Iêmen controlada por supostos membros da rede Al-Qaeda. Nesta terça-feira, a polícia abriu fogo contra manifestantes na cidade de Taez, deixando ao menos três mortos, segundo ativistas, que pedem a renúncia do ditador Ali Abdullah Saleh.

Um carro-bomba fez mortos e feridos no sul do Iêmen. Reuters

Segundo um responsável pelos serviços de segurança, o atentado suicida ocorreu durante a passagem de veículos do exército vindos de Aden, a principal cidade do sul do Iêmen. Testemunhas afirmaram à agência France Presse que dois kamikazes se encontravam no interior do carro no momento da explosão.

Os corpos dos sete militares e os 23 soldados feridos foram levados para hospitais da região. Segundo fontes médicas, o número real de vítimas pode ser bem mais elevado.

Paralelamente, a ONU informou que mais de 50 pessoas teriam morrido desde domingo na cidade de Taez, onde a polícia iemenita vem reprimindo um protesto político organizado pelos opositores ao regime do ditador Ali Abdullah Saleh. Segundo ativistas, três manifestantes teriam sido mortos nesta terça-feira.

Franceses desaparecidos

Também nesta terça-feira a ONG francesa Triangle Génération Humanitaire anunciou que vai repatriar quatro de seus empregados que trabalham no Iêmen, deixando dois outros na capital Sanaa. A decisão foi tomada depois que três empregados da ONG desapareceram no último sábado.

Eles podem ter sido seqüestrados, embora nenhuma reivindicação tenha sido feita até agora. "Estamos suspendendo nossos programas no Iêmen, mas não vamos deixar um país onde três de nossos empregados desapareceram”, afirmou o co-diretor da ONG, Christian Lombard.

Os serviços de segurança iemenitas procuram ativamente os três franceses desaparecidos, cujo carro foi encontrado no último sábado sem sinais de violência, fortalecendo assim hipótese de seqüestro.