Oposição no Iêmen aceita participar de governo de transição
A oposição iemenita aceitou a proposta dos países do Conselho de Cooperação do Golfo, que visa encontar uma saída para o conflito no país, e prevê a participação dos opositores no futuro governo de transição.
Publicado em: Modificado em:
Os membros do movimento de contestação pedem que o presidente Abdalah Saleh deixe o poder, depois de 32 anos no cargo. No sábado, a oposição se disse disposta a aceitar a mediação do Conselho, mas havia se recusado a participar do novo governo. As manifestações no Iêmen, inspiradas das revoluções tunisiana e egípcia, tiveram início há dois meses e já provocaram a morte de pelo menos 130 pessoas.
O plano prevê uma transferência do poder em três meses. Os seis países que integram o Conselho de Cooperação do Golfo ( Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e Kuwait) pedem ao presidente iemenita que transmita o cargo para o vice-presidente em um prazo de um mês depois da assinatura do acordo. Um responsável da oposição deverá assumir o governo de transição que será encarregado de organizar eleições presidenciais no prazo máximo de dois meses.
O projeto também estebelece que Saleh, seus conselheiros e os membros de sua família terão direito a imunidade judicial e não poderão ser levados a julgamento. O mandato do presidente termina em 2013, e ele declarou diversas vezes que só deixará o poder em caso de mudança da Constituição.
Nesta segunda-feira, as forças iemenitas abriram fogo contra milhares de manifestantes em Taëz, a 200 quilômetros de Saana. Pelo menos dez pessoas ficaram feridas, e outras foram atingidas por bombas de gás lacrimogêneo lançadas para controlar a multidão.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro