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Alemanha/Eleições

Em meio à crise migratória, partido de Merkel é derrotado em eleições regionais

A formação de direita popular alemã AfD avançou de maneira notável nas eleições regionais realizadas neste domingo (13) em três estados da Alemanha. Os populistas obtiveram entre 10% e 23% dos votos, enquanto a União Cristã-Democrata (CDU) da chanceler Angela Merkel foi derrotada em duas das localidades, segundo as pesquisas de boca de urna. Com o resultado, os representantes da AfD conseguiram entrar nos três parlamentos regionais envolvidos na consulta.

Sessão eleitoral de Sigmaringen, em  Baden-Wurtemberg, na Alemanha, neste domingo 13 de março de 2016.
Sessão eleitoral de Sigmaringen, em Baden-Wurtemberg, na Alemanha, neste domingo 13 de março de 2016. REUTERS/Michaela Rehle
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Cerca de 13 milhões de alemães foram às urnas hoje nos estados de Baden-Wurtemberg (sudoeste), Renânia-Palatinado (oeste) e Saxônia-Anhalt (leste).Esta foi a votação mais importantes desde que o país acolheu, no ano passado, mais de um milhão de refugiados. As eleições eram consideradas um teste para a política migratória da chanceler Merkel que foi sancionada nas urnas. A extrema-direita saiu fortalecida.

Em Baden-Wurtemberg, o partido de Merkel ficou em segundo lugar, com cerca de 27,5% dos votos. Pela primeira vez na história, o Partido Verde venceu a votação neste reduto histórico da CDU, com 32%. Em Renânia-Palatinado, a CDU também ficou em segundo lugar, com 33%, atrás dos social-democratas da SPD, que lideram com 37,5%.

O partido da chanceler alemã só venceu a votação na Saxônia-Anhalt. Mas neste estado do leste, a AfD ficou em segundo lugar, à frente do partido de esquerda-radical Die Linke. O partido populista, fundado há apenas três anos, aparece como o grande vencedor da votação. Ele agora está representado em oito das 16 regiões alemãs e irá complicar a formação de coalizões.

Crise migratória

A Alemanha está em crise desde que abriu suas portas, em 2015, a um milhão de candidatos ao asilo político, a maioria deles sírios que fugiram da guerra em seu país. Em um primeiro momento, a população se mostrou acolhedora, mas a solidariedade acabou deixando espaço para críticas, principalmente depois das agressões sexuais cometidas por migrantes na noite de Réveillon, em Colônia.

A AfD fez sua campanha eleitoral contra a política migratória de Angela Merkel. Desde 1945, o sucesso deste partido anti-imigração é um cenário inédito em um país que busca ser um exemplo moral após os horrores cometidos pelo regime nazista.

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