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WIKILEAKS

Justiça britânica começa a julgar extradição de Assange para a Suécia

A Justiça britânica começou a julgar nesta segunda-feira o processo de extradição para a Suécia do fundador do site de vazamentos WikiLeaks, Julian Assange. O australiano de 39 anos é acusado de crimes sexuais no país escandinavo, os quais ele nega.

Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, comparece novamente a um tribunal de Londres nesta segunda-feira.
Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, comparece novamente a um tribunal de Londres nesta segunda-feira. Reuters
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Fernanda Nidecker, correspondente da RFI em Londres

Assange compareceu nesta manhã à Corte de Magistrados de Belmarsh, em Londres, para a primeira de duas audiências que devem decidir seu futuro. A defesa do dono do WikiLeaks, comandada pelo famoso advogado de direitos humanos Geoffrey Robertson, argumenta que se ele for extraditado para a Suécia, há um "risco real" de que Assange seja enviado aos Estados Unidos ou à prisão de Guantanamo, em Cuba, por acusações ligadas à publicação de telegramas secretos envolvendo a diplomacia americana.

O site WikiLeaks provocou a ira da Casa Branca no ano passado ao divulgar milhares de mensagens confidenciais entre seus diplomatas espalhados pelo mundo.

Outro ponto sustentado pela defesa é que a extradição para a Suécia não se justifica, porque até agora Assange não foi indiciado pelos supostos crimes de violência sexual contra as duas mulheres que prestaram queixa. Além disso, seus advogados alegam que julgamentos de crimes sexuais na Suécia geralmente acontecem a portas fechadas, longe da imprensa, o que poderia resultar em uma sentença injusta.

Amanhã, o juiz responsável pelo caso deve ouvir várias testemunhas, mas ainda não é certo que um veredicto será anunciado no final da audiência.

Ao chegar ao tribunal por volta das 9h, Assange foi assediado por dezenas de jornalistas do mundo inteiro que vêm acompanhando o caso de perto. Também compareceram à audiência personalidades que já declararam seu apoio ao austrialiano, entre elas as socialites Jemima Khan e Bianca Jagger.

Julian Assange está em liberdade condicional desde que foi solto sob fiança em Londres pouco antes do Natal. Ele está hospedado na casa do jornalista britânico Vaughan Smith, fundador do Frontline Club, um grupo que defende o exercício do jornalismo independente e do qual Assange faz parte.

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