Visita de Zelensky a Paris mostra ‘apoio inabalável’ da França à Ucrânia
Os jornais franceses destacam a aproximação bilateral entre a França e a Ucrânia, que devem assinar um acordo de segurança nesta sexta-feira (16), durante a visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a Paris.
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O presidente francês, Emmanuel Macron, recebe Zelensky no Palácio do Eliseu, em Paris, nesta sexta-feira. Inicialmente ele deveria viajar para Kiev para o encontro, destaca o jornal Le Figaro. "O objetivo é mostrar que a determinação em apoiar a Ucrânia continua tão forte quanto no primeiro dia", diz o comunicado do Eliseu.
A reportagem lembra que, antes de aterrissar na França, Volodymyr Zelensky é esperado em Berlim, onde deve fechar um acordo semelhante com o chanceler Olaf Scholz. Segundo o texto, em janeiro deste ano, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, foi o primeiro a assumir um compromisso com a Ucrânia.
O Le Figaro explica que, na Europa, a perspectiva do fim da ajuda dos EUA, "vítima da campanha eleitoral e da prioridade dada ao combate à ameaça da China", gera preocupação. "A questão é como ajudar a Ucrânia em um cenário" em que o apoio dos EUA diminui, resume um especialista em Relações Internacionais para o jornal.
Um "apoio inabalável" da França
O Le Parisien afirma que a presença de Zelensky em Paris pela terceira vez envia um “sinal forte” do "apoio inabalável" francês. O acordo de segurança bilateral com Emmanuel Macron, frisa, tem o objetivo de garantir à Ucrânia o apoio militar, econômico e político da França. O jornal lembra que em 24 de fevereiro o país de Zelensky entra no terceiro ano da guerra contra a Rússia.
Segundo a reportagem, a comitiva do presidente Emmanuel Macron "nega" as alegações de Moscou de que as questões de segurança em um país em guerra sejam o motivo do cancelamento de sua viagem anteriormente prevista a Kiev. O texto enfatiza como o presidente russo, Vladimir Putin, é hábil no uso das fake news.
Embora não tenha sido estabelecido um cronograma para a entrada da Ucrânia na OTAN, o Le Parisien aponta que o acordo bilateral franco-ucraniano pretende fornecer ajuda militar de "longo prazo" para garantir que o país continue a "se defender e para dissuadir a Rússia de futuros ataques". O objetivo também é desencorajar Putin a apostar no desgaste provocado pelo prolongamento da guerra ou nas divisões entre os aliados.
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