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Morte de ex-primeiro-ministro chinês Li Kegiang gera críticas a Xi Jinping nas redes sociais

O ex-primeiro-ministro chinês Li Kegiang morreu na noite de quinta-feira (26), em Xangai, de um ataque cardíaco. Logo que a morte foi anunciada, surgiram críticas ao presidente Xi Jinping nas redes sociais. 

O ex-primeiro-ministro chinês Li Keqiang que morreu nesta sexta-feira de ataque cardíaco, em Xangai. Na imagem ele participa no encerramento da 20o Congresso do Partido Comunista Chinês, em 22 de outubro de 2022.
O ex-primeiro-ministro chinês Li Keqiang que morreu nesta sexta-feira de ataque cardíaco, em Xangai. Na imagem ele participa no encerramento da 20o Congresso do Partido Comunista Chinês, em 22 de outubro de 2022. AP - Ng Han Guan
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Stéphane Lagarde, correspondente da RFI em Pequim

Os chineses souberam da morte do ex-primeiro-ministro na manhã de sexta-feira (27), pela Televisão Central da China. Li Keqiang, que estava descansando em Xangai, morreu repentinamente de um ataque cardíaco às 12h10 do dia 27 de outubro, informou a emissora. Ele tinha 68 anos. 

Uma hora depois, a hashtag sobre sua morte já tinha mais de 700 milhões de registros na rede Weibo, equivalente chinês do X.

O anúncio da morte de Kegiang suscitou lamentos nas redes sociais e até críticas ao presidente Xi Jinping – algo muito raro num país com a internet ultracontrolada como a China. As publicações foram rapidamente apagadas pela censura. 

Li Keqiang renunciou ao cargo de primeiro-ministro em março passado, após dois mandatos. Raramente um chefe do Conselho de Estado esteve tão à sombra do presidente chinês, limitando-se, como estipula a Constituição, à gestão da economia e dos fóruns empresariais. Sob sua liderança, a economia chinesa ultrapassou a do Japão. 

De “jovem educado” a primeiro-ministro

Como Xi Jinping, Li Keqiang fez parte do movimento da “juventude educada”, e foi enviado para o interior da China durante a Revolução Cultural, para ser "reeducado" pelos camponeses.

Nascido na província de Anhui, no leste da China, de família modesta, Kegiang encarnava o ideal comunista do ativista empenhado no serviço ao povo e que conseguiu, com trabalho árduo, ascensão às melhores universidades da capital. A carreira dele contrastava com a dos chamados “príncipes vermelhos”, líderes filhos de outras personalidades importantes do Partido Comunista Chinês (PCC).

Em um homenagem ao ex-primeiro-ministro publicada no final do dia, o PCC descreve Kegiang como um “revolucionário excepcional”. “A vida do camarada Li Keqiang é uma vida de um revolucionário, uma vida de luta, uma vida de serviço ao povo e uma vida dedicada à causa comunista", afirma o texto.

“Desde a juventude, amou o Partido, a pátria e o povo”, recorda o comunicado oficial, completando que “o camarada Li Keqiang é imortal!”

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