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Lula aponta no G20 'descompromisso' ambiental como origem de 'emergência climática sem precedentes'

Acontece nesse fim de semana em Nova Délhi, na Índia, a reunião de cúpula do G20, o grupo que reúne as principais potências mundiais e a União Europeia. Neste sábado (9), logo na abertura do evento, foi anunciado que o grupo se prepara para ganhar um novo membro: a União Africana. E o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a falta de engajamento em prol do meio ambiente.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. via REUTERS - POOL
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Logo no início de sua fala no sábado, Lula disse que o "descompromisso com o meio ambiente nos leva a uma emergência climática sem precedentes”. Ele alegou que o "aquecimento global modifica o regime de chuvas e eleva o nível dos mares. As secas, enchentes, tempestades e queimadas se tornam mais frequentes e minam a segurança alimentar e energética".

Ao elencar os efeitos, o presidente brasileiro lembrou as enchentes causadas por um ciclone no Rio Grande do Sul na última semana, que deixou mortos e famílias desabrigadas. “Se não agirmos com sentido de urgência, esses impactos serão irreversíveis”, continuou o líder brasileiro.

Lula aproveitou para cobrar mais uma vez a promessa feita por países ricos na COP15, realizada em Copenhague em 2009, de que financiariam US$ 100 bilhões por ano em ações climáticas para os países em desenvolvimento.

“De nada adiantará o mundo rico chegar às COPs do futuro vangloriando-se das suas reduções nas emissões de carbono se as responsabilidades continuarem sendo transferidas para o Sul Global”, reclamou.

A declaração final da cúpula do G20 no sábado, no entanto, não contém um apelo para abandonar os combustíveis fósseis poluentes a longo prazo, um objetivo considerado "essencial" pela primeira avaliação do Acordo de Paris publicada na sexta-feira (8) pela Organização das Nações Unidas para o Clima.

O texto publicado pelos líderes do G20 em Nova Délhi pede apenas "esforços acelerados para reduzir a geração de energia a carvão", o que exclui gás e petróleo, e reafirma o compromisso de "reduzir e racionalizar, a médio prazo, os subsídios para usos ineficientes de combustíveis fósseis".

Eles também declaram seu apoio aos esforços para triplicar a capacidade de energia renovável do mundo até 2030, ao mesmo tempo em que prometem intensificar as medidas de combate às mudanças climáticas.

O grupo "continuará e incentivará os esforços para triplicar a capacidade de energia renovável", diz a declaração. "Nos comprometemos a acelerar urgentemente nossas ações para enfrentar as crises e os desafios ambientais, incluindo as mudanças climáticas", acrescenta o texto. 

(Com AFP)

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