França é 3° país com mais milionários no mundo; Brasil também sobe em ranking
A França concentrou 4,8% dos milionários do mundo em 2022. Com o resultado, o país alcança o 3° lugar do World Wealth Report 2023, desbancando o Japão, que figurava no top 3 desde 2014. O relatório, realizado pelo banco UBS e divulgado na terça-feira (15), aponta que quase 3 milhões de milionários são franceses.
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Para realizar esse cálculo, o levantamento se baseia em três dados: quantidade de pessoas na população adulta, riqueza média e desigualdade de riqueza. Com 22,7 milhões de milionários, os Estados Unidos ocupam de longe o 1° lugar, com uma participação de 38,2% do total global.
Bem mais atrás, a China chega em segundo lugar, com pouco mais de 6 milhões de milionários, ou 10,5% do total mundial. A França é seguida de perto pela Alemanha (4,4%) e pelo Reino Unido (4,3%). Itália, Holanda e Espanha possuem cada um cerca de 2% dos milionários do planeta.
O ranking oscila um pouco se considerarmos a população “muito rica”, que possui mais de US$ 50 milhões. São quase 124 mil nos Estados Unidos, cerca de 33 mil na China e 9,1 mil na Alemanha. A França, com 3.890 de "muito ricos", fica apenas em 8º lugar sob esse critério.
Mundialmente, o levantamento estima que existiam 59,4 milhões de milionários em todo o mundo no final de 2022, o que significa 3,5 milhões a menos do que em 2021, devido, inclusive, à queda da riqueza média.
Ao contrário da maioria dos países desenvolvidos, em particular Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Alemanha, que registraram diminuição no contingente de detentores de fortunas em seus territórios, a França não teve queda no total de milionários em 2022, apresentando 2,82 milhões de super abastados, enquanto, no ano anterior, havia 262 mil a menos.
Brasil: desigualdade evidenciada
Já Brasil, Irã e Noruega apresentaram números relevantes e encabeçam a lista do aumento geral de milionários. Noruega e Irã, com crescimento de 104 mil cada, enquanto o Brasil estima mais de 120 mil novos milionários.
Enquanto em 2021 existiam 293 mil milionários brasileiros, o número bateu 413 mil em 2022, de acordo com o UBS. Há 20 anos, estimava-se que apenas 33 mil brasileiros detinham mais de US$ 1 milhão.
Se o ritmo for mantido, o estudo avalia que em 2027 poderá haver 788 mil pessoas milionárias no Brasil, o que pode vir a aumentar ainda mais a desigualdade de renda brasileira, visto que o levantamento já aponta o Brasil como o país com as maiores taxas de desigualdade na América Latina, seguido pelo México.
Temas regionais e demográficos
Regionalmente, a perda de riqueza global foi fortemente concentrada em regiões mais ricas, como América do Norte e Europa, que, juntos, perderam US$ 10,9 trilhões em 2022. Ásia-Pacífico registrou perdas de US$ 2,1 trilhões no mesmo período, enquanto a América Latina lidera com aumento da riqueza total de US$ 2,4 trilhões, ajudada por uma apreciação média da moeda de 6% em relação ao dólar americano. Individualmente, os maiores aumentos de riqueza foram registrados na Rússia, México, Índia e Brasil.
(Com informações da FranceInfo)
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