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Delegação do Níger é recebida na Guiné por representantes de junta militar local

Uma delegação formada por militares que tomaram o poder no Níger foi recebida pelas autoridades militares da Guiné, pedindo-lhes "um apoio reforçado para enfrentar os desafios que se avizinham", informou a televisão pública local. Já na capital do Níger, Niamei, o primeiro-ministro ali Mahaman Lamine Zeine, apontado pelos militares, acolheu uma missão mediadora religiosa da Nigéria.  

Apoiadores da junta militar do Níger em protesto em frente à base militar da França em Niamei (11/03/23).
Apoiadores da junta militar do Níger em protesto em frente à base militar da França em Niamei (11/03/23). © REUTERS / STRINGER
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O chefe de Estado guineense, coronel Mamadi Doumbouya, cujo regime também emana de um golpe de Estado, dado em setembro de 2021, reuniu-se no sábado, em Conacri, capital do país, com a delegação chefiada pelo general Moussa Salao Barmou, acrescentou a mesma fonte.

O general Barmou disse ter ido "agradecer às autoridades guineenses pelo apoio prestado ao CNSP (Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria, que assumiu o poder no Níger) nestes difíceis momentos que o Níger atravessa".

A visita se deu no momento em que a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) tenta encontrar uma saída diplomática para a crise, apesar de ter ordenado na quinta-feira (10) o envio de uma "força de reserva", visando a uma possível intervenção para restabelecer a ordem constitucional no Níger.

Em um comunicado no final de julho, a Guiné "manifestou sua discordância com as sanções recomendadas (contra Niamei) pela Cedeao, incluindo a intervenção militar" e "decidiu não aplicar essas sanções que considera ilegítimas e desumanas".

O líder da junta da Guiné, coronel Doumbouya, que assumiu o cargo de presidente após derrubar Alpha Condé, prometeu devolver o poder aos civis eleitos em um prazo de dois anos, a partir de janeiro de 2023.

Mediação religiosa

Também no sábado, em Niamei, o primeiro-ministro Ali Mahaman Lamine Zeine, apontado pela junta, recebeu uma delegação religiosa wahhabita (originário do islamismo sunita) no aeroporto da capital nigerina. O grupo da Nigéria também se encontrou com o chefe da junta, Abdourahamane Tiani.

Os líderes tradicionais, em entrevista à TV nigeriana, elogiaram o teor das conversas com as autoridades do Níger. Já o novo premiê nigerino fez um apelo pelo fim das sanções que chamou de "desumanas e inaceitáveis", a fim de permitir uma volta "à normalidade" no país. 

(com agências)

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