Acessar o conteúdo principal

Irã executou mais de 300 condenados à morte só neste ano, alerta ONG humanitária

O Irã executou mais de 300 condenados à morte nos primeiros cinco meses do ano. O país bateu número recorde de enforcamento desde 2015, de acordo com uma organização de direitos humanos nesta quinta-feira (1°).

AP/ Graphics
Publicidade

Cerca de 307 pessoas foram executadas desde 1º de janeiro de 2023, um aumento de 75% em relação aos primeiros cinco meses de 2022. Somente no mês de maio, 142 pessoas foram executadas, ou quatro por dia na República Islâmica, segundo a ONG Irã Human Rights (IHR), sediada na Noruega.

O Irã é o país que realiza o maior número de execuções no mundo todos os anos depois da China, segundo grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional, que denuncia procedimentos opacos e confissões feitas frequentemente sob tortura.

Sete homens foram enforcados em conexão com as manifestações contra o regime que começaram em setembro passado. Várias ONGs dizem que os enforcamentos aumentaram por crimes relacionados a narcóticos ou assassinatos, sendo que o número de condenados de minorias étnicas é desproporcional.

Segundo o relatório, 59% dos enforcados este ano, ou 180 pessoas, foram executadas por crimes relacionados às drogas. Mais de 20% dos executados em maio, ou 30 pessoas, pertenciam à minoria Baloch, principalmente sunita e concentrada no sudeste do país.

"A intensificação das execuções arbitrárias pela República Islâmica visa espalhar o medo na sociedade para evitar protestos e prolongar seu governo", disse Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor do IHR.

"A menos que a comunidade internacional reaja com mais força à atual onda de execuções, centenas de pessoas serão vítimas de sua máquina de matar nos próximos meses."

(Com AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.