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"A guerra que mudou o mundo", escreve jornal francês sobre um ano de invasão russa na Ucrânia

Depois de um ano de conflito, análises e balanços sobre a invasão russa na Ucrânia ocupam as edições dos jornais franceses desta sexta-feira (24). "A guerra que mudou o mundo", escreve em sua capa o Le Figaro. "A Ucrânia paga um preço alto por ter enfrentado o rolo compressor russo", diz a manchete. 

A ucraniana Natali Sevriukova reage à destruição de sua casa após um ataque com foguete na cidade de Kiev, na Ucrânia, em 25 de fevereiro de 2022.
A ucraniana Natali Sevriukova reage à destruição de sua casa após um ataque com foguete na cidade de Kiev, na Ucrânia, em 25 de fevereiro de 2022. AP - Emilio Morenatti
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"Em um ano, o banho de sangue deixou marcas profundas nos beligerantes e perturbou a ordem internacional", segue o diário francês. "A guerra é um espelho da desocidentalização do mundo, sem previsão de restauração da dominação ocidental", continua a publicação. 

Le Figaro também traz um perfil do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "o humorista que se tornou um herói do mundo livre", afirma a reportagem, enqunto, do outro lado, "a sociedade russa vive entre o silêncio, a propaganda e uma falsa normalidade". 

O jornal ainda explora fatores econômicos, em especial a questão estratégica da energia. O texto lembra que 40% do gás natural consumidos na Europa vinha da Rússia, volume que foi reduzido em 85% do seu total desde o início da guerra. 

A exaustão das tropas, o desafio de reconstruir cidades arrasadas pelos bombardeios e as investigações de crimes de guerra também recebem atenção do Le Figaro

"A Ucrânia continua de pé"

"Um ano depois e a Ucrânia continua de pé". É a manchete do jornal Libération, que traz uma foto de capa inteira de um prédio destruído pelos ataques russos na Ucrânia. 

Uma reportagem especial em um centro de saúde de Kharkiv mostra o trabalho de psicólogos que atendem, toda semana, uma centena de homens vindos do front. O jornal também conta como é a vida no Donbass, região ocupada pelas tropas russas. 

Analistas ainda explicam que o Exército russo que invadiu a Ucrânia, há exatamente um ano, "não existe mais", já que a maioria desses soldados morreu ou ficou ferida.

Libération também aborda o isolamento de Vladimir Putin. "Em um ano, o presidente russo se transformou em pária da comunidade ocidental" e mesmo internamente suas aparições se tornam cada vez mais raras, destaca o diário francês. 

Ao mesmo tempo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ganha espaço como o "implacável defensor do mundo livre", de acordo com a reportagem.

Atrocidades

O jornal Le Monde também publica uma edição especial sobre um ano da guerra, em que ouviu generais ucranianos, "homens que garantem a resistência do país e o sucesso das contraofensivas" da Ucrânia. Os militares destacam mês a mês os principais momentos da guerra.

As atrocidades cometidas no campo de batalha criaram uma ruptura profunda entre os povos ucraniano e russo, explica Le Monde

O diário ainda mostra como a propaganda de Moscou, "baseada em um mito herdado da época soviética", tenta passar a impressão de que a "a Rússia é a vítima agredida". 

O jornal ainda traz um perfil de Vladimir Putin, descrito como "um presidente belicista" e que joga com os fatos para tentar mostrar que "a ocupação especial" não perturba o cotidiano dos cidadão russos. Ao mesmo tempo em que o Kremlin tenta fortalecer seus laços com a China.

Já o presidente ucraniano é retratado pela publicação como "o resistente de Kiev".

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