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Atirador invade escola na Rússia e deixa 13 mortos; sete são crianças

O tiroteio ocorreu em uma escola na cidade russa de Izhevsk, na região central do país, nesta segunda-feira (23). O atirador, que usava uma blusa com uma suástica, cometeu suicídio, segundo a polícia. O presidente Vladimir Putin denunciou um "ato terrorista desumano". 

O atirador que abriu fogo e matou pelo menos 13 pessoas em uma escola na cidade de Izhevsk, se matou, segundo a polícia russa.
O atirador que abriu fogo e matou pelo menos 13 pessoas em uma escola na cidade de Izhevsk, se matou, segundo a polícia russa. REUTERS - STRINGER
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"Treze pessoas, incluindo seis adultos e sete menores de idade, morreram no crime", afirmou em um comunicado o Comitê de Investigações da Rússia. Segundo a nota, 14 crianças e sete adultos ficaram feridos. Entre as vítimas estão dois seguranças do estabelecimento escolar e pelo menos dois professores.

O ataque aconteceu na escola chamada "n°88", de Izhevsk, que tem cerca de mil alunos e 80 professores. Segundo o governador da região, Alexander Brechalov, "uma pessoa não identificada" entrou no centro de ensino pela manhã, matou um segurança e abriu fogo contra as crianças .O suspeito usava uma blusa com uma suástica vermelha estampada e um capuz. 

"A operação de retirada dos alunos terminou e o perímetro está isolado", disse o governador em um vídeo divulgado no Telegram. Ele também informou que a Guarda Nacional da Rússia, o FSB (Serviço Federal de Segurança) e as autoridades responsáveis pela investigação estão no local.

O estabelecimento já foi evacuado e um perímetro de segurança foi colocado em torno do local. Segundo o Ministério da Saúde, 14 equipes de resgate foram enviadas para a escola e um grupo de médicos está a caminho para "prestar socorro" às vítimas.

Em mensagem divulgada pelo Kremlin, o presidente russo Vladimir Putin considerou o episódio "um ato terrorista desumano". 

 

Esta captura de tela retirada de uma filmagem divulgada pelo Comitê de Investigação da Rússia em 26 de setembro de 2022 mostra investigadores trabalhando junto ao corpo do atirador na escola N°88, em Izhevsk.
Esta captura de tela retirada de uma filmagem divulgada pelo Comitê de Investigação da Rússia em 26 de setembro de 2022 mostra investigadores trabalhando junto ao corpo do atirador na escola N°88, em Izhevsk. AFP - -

Tiroteios crescem no país

 Izhevsk é uma cidade de quase 650.000 habitantes, capital da república de Udmurtia, que fica na região central do país, ao oeste dos Montes Urais, que dividem a parte europeia da parte asiática da Rússia. Até pouco tempo, os tiroteios eram tidos como algo raro no país, em particular nas escolas. Nos últimos anos, entretanto, se tornaram mais frequentes.

Em setembro de 2021, um estudante de 18 anos entrou no campus da Universidade de Perm, em Urais, no leste da Rússia e matou seis pessoas.

Poucos meses antes, em maio, um jovem de 19 anos abriu fogo em sua antiga escola em Kazan, na república russa do Tartaristão, matando nove pessoas. 

Em outubro de 2018, um estudante do ensino médio matou 19 pessoas antes de se matar em uma escola em Kerch, uma cidade na península ucraniana da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.

As autoridades russas afirmam terem desmantelado nos últimos anos dezenas de planos de ataques a escolas, casos muitas vezes envolvendo adolescentes. 

O presidente Vladimir Putin expressou preocupação e atribuiu as causas a eventos importados dos Estados Unidos e ao efeito perverso da globalização. Putin ordenou uma revisão das regras relativas ao porte de armas. O autor do ataque em Kazan, que foi preso, detinha uma licença de porte de arma semiautomática.

(Com informações da AFP)

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