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Tiroteio em universidade deixa mortos na Rússia; estudante foi preso

As autoridades russas reviram para seis mortos, e não mais oito, como anunciado inicialmente, o número de vítimas atingidas pelos disparos de um estudante, na manhã desta segunda-feira (21), no campus da Universidade de Perm, uma cidade nos Urais, no leste da Rússia. O atirador, que teria 18 anos, foi ferido e transferido para um hospital. Vinte e oito pessoas ficaram feridas ou precisaram de atendimento médico depois do tiroteio.

Estudante mata seis pessoas em tiroteio em universidade na Rússia
Estudante mata seis pessoas em tiroteio em universidade na Rússia © REUTERS/Anna Vikhareva
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O autor do ataque foi "ferido durante sua detenção por oferecer resistência", informou o Comitê de Investigação, que não deu imediatamente qualquer informação sobre as motivações do atirador. Ele teria comprado sua arma em maio, antes da Rússia endurecer sua legislação sobre o porte de armas de fogo. 

De acordo com relatos da mídia local, o atirador postou em redes sociais, antes de agir, uma foto em que aparece com seu rifle, um boné e munição. “Eu pensei muito sobre isso, já faz anos e eu percebi que chegou a hora de fazer o que sonhei", escreveu o suspeito embaixo da foto. Ele disse que não tinha motivação política ou religiosa, mas "ódio". A conta do estudante na rede social foi bloqueada. A agência Reuters diz que não pôde autenticar a imagem do suspeito.

O Kremlin evocou um indivíduo "perturbado", mas se recusou a fazer qualquer outro comentário. O presidente russo, Vladimir Putin, que se encontra em quarentena depois da descoberta de vários casos de Covid-19 entre seus assessores, expressou suas "profundas condolências" aos familiares das vítimas, por meio de seu porta-voz Dmitry Peskov.

Desesperados, alunos pulam das janelas

Fugindo do tiroteio, alunos pularam das janelas do primeiro andar de um prédio da universidade, segundo vídeos publicados nas redes sociais. Um deles, filmado de uma janela, mostrava um indivíduo todo vestido de preto abrindo fogo e caminhando em direção à entrada de um edifício.

O agressor, que já foi identificado mas não teve seu nome revelado, entrou no campus às 11h no horário local da região dos Urais, segundo a assessoria de imprensa da universidade. Os tiroteios em escolas e universidades eram raros na Rússia, que aplica um rígido controle da circulação de armas. Porém, com o aumento de casos desse tipo nos últimos anos, o presidente Vladimir Putin denunciou "um fenômeno importado dos Estados Unidos", um efeito perverso da globalização. 

Rússia reforçou legislação de porte de armas

Em 11 de maio passado, um jovem de 19 anos abriu fogo em sua antiga escola em Kazan, na república russa do Tartaristão, matando nove pessoas. No mesmo dia, Putin ordenou uma revisão das regras relativas ao porte de armas. O autor do ataque em Kazan, que foi preso, detinha uma licença de porte de arma semiautomática.

O drama recente mais sério desse tipo data de outubro de 2018, quando um estudante do ensino médio matou 19 pessoas antes de se matar em uma escola em Kerch, uma cidade na península ucraniana da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.

As autoridades também alegaram ter frustrado nos últimos anos dezenas de planos de ataques a escolas, casos muitas vezes envolvendo adolescentes. Em fevereiro de 2020, os serviços de inteligência russos (FSB) prenderam dois jovens, nascidos em 2005 e de nacionalidade russa, que atuavam em vários sites nos quais defendiam assassinatos e suicídios. Segundo os investigadores, eles planejavam atacar uma escola em Saratov, no Volga.

Com informações da AFP e Reuters

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