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Maior autoridade religiosa da Arábia Saudita classifica homossexualidade como "crime hediondo"

O "mufti" Abdelaziz Al-Sheikh, a maior autoridade religiosa da Arábia Saudita, chamou a homossexualidade nesta quarta-feira (22) de um dos "crimes mais desprezíveis que existem", no momento em que o reino muçulmano ultraconservador gasta bilhões para melhorar sua imagem em todo o mundo.

Abdelaziz Al-Sheikh, o "mufti", maior autoridade religiosa do reino islâmico.
Abdelaziz Al-Sheikh, o "mufti", maior autoridade religiosa do reino islâmico. © naifprize
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Abdelaziz Al-Sheikh se pronunciou sobre o tema apenas alguns dias depois que o embaixador saudita nas Nações Unidas rejeitou uma menção à homossexualidade em uma resolução da Assembleia Geral sobre a democracia, segundo a mídia oficial do país.

"O crime de homossexualidade é um dos crimes mais hediondos aos olhos de Deus", disse o "mufti", a mais alta autoridade religiosa do reino.

“Os autores deste crime” carregam consigo “vergonha e infâmia”, acrescentou Al-Sheikh em comunicado citado pela agência de notícias oficial saudita, a SPA.

Segundo ele, os direitos humanos residem “primeiro na lei de Deus”, denunciando “os impulsos desviantes que semeiam a corrupção no mundo”.

"Identidade de gênero"

O embaixador da Arábia Saudita nas Nações Unidas disse na sexta-feira que as expressões "identidade de gênero" e "orientação sexual" eram "contrárias à identidade árabe e islâmica histórica" ​​de seu país.

A homossexualidade é ilegal na monarquia do petróleo do Golfo, que aplica uma forma ultra-rígida de "sharia", a lei islâmica.

O reino mantém uma aura de dominação importante em todo o mundo muçulmano, abrigando os lugares mais sagrados do Islã, as cidades de Meca e Medina (oeste).

Nos últimos anos, o príncipe herdeiro Mohammed ben Salman seguiu uma política declarada de abertura social e econômica, autorizando as mulheres a liderar ou mesmo a realizar grandes eventos com um público misto.

Mas o país continua muito conservador e as violações dos direitos humanos são regularmente criticadas por ONGs.

(Com informações da AFP)

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