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AIEA anuncia acordo com Teerã às vésperas de retomada de negociações sobre programa nuclear

A Agência internacional de energia atômica (AIEA) anunciou ter chegado a um acordo com o Irã neste domingo (12), sobre o material de vigilância do programa nuclear. O país foi denunciado em um relatório da agência por falta de cooperação.

AIEA consegue acordo para vigilância de centrais nucleares iranianas, neste domingo, 12 de setembro de 2021
AIEA consegue acordo para vigilância de centrais nucleares iranianas, neste domingo, 12 de setembro de 2021 AP - Ronald Zak
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“Os inspetores da AIEA obtiveram autorização para intervir e cuidar da manutenção do equipamento, substituindo os discos rígidos”, indicou a agência da ONU em um comunicado conjunto, divulgado com a Organização iraniana de energia atômica. A AIEA ainda não terá acesso aos dados das câmeras, mas em fevereiro, Teerã se comprometeu a fornecê-los dentro do prazo, em caso de êxito das discussões para salvar o acordo de 2015.

O diretor da organização, Rafael Grossi, está em Teerã, e anunciou mais cedo ter chegado a um consenso com o Irã sobre o material de vigilância do programa nuclear, alguns dias depois de denunciar a falta de cooperação.  

Grossi, que realiza sua segunda viagem ao Irã este ano, garante assim a continuidade na vigilância do programa nuclear no país. A AIEA temia perder dados em caso de saturação da capacidade de gravação dos equipamentos. O diretor voltará a Teerã “em um futuro próximo para consultas de alto nível”, detalha o comunicado, que insiste sobre “a cooperação e a confiança mútua das duas partes”.

Acordo de Viena

A visita acontece dias depois da publicação de um relatório da AIEA acusando o Irã de não cooperar e antes de uma reunião, na segunda-feira (13), do Conselho de governadores da agência.

Devido a uma lei votada em dezembro pelo Parlamento, o Irã restringiu em fevereiro o acesso dos inspetores da AIEA a certas instalações nucleares.Um compromisso tinha sido negociado para garantir um certo grau de vigilância, mas expirou em junho.

Este novo acordo estipula um prazo para as grandes potências ocidentais, que tentam ressuscitar o acordo de Viena, afetado em 2018 pela decisão do ex-presidente americano Donald Trump de se retirar e reestabelecer sanções americanas. Em resposta, o Irã se liberou da maior parte de seus compromissos.

As negociações foram suspensas em 20 de junho, dois dias depois da vitória do presidente iraniano ultraconservador Ebrahim Raïssi.

(Com informações da AFP)

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