Acessar o conteúdo principal
EI sob pressão

Tropas sírias começam a retomar a cidade histórica de Palmira

O exército sírio, apoiado em terra pela milícia xiita libanesa Hezbollah, por um comando das forças especiais russas e pela aviação de Moscou, entrou nesta quinta-feira (24) na cidade de Palmira, controlada há quase um ano pelo grupo Estado Islâmico.

Tanque sírio avançando rumo à cidade histórica de Palmira.
Tanque sírio avançando rumo à cidade histórica de Palmira. REUTERS/SANA/Handout via Reuters
Publicidade

Para tentar pôr fim ao conflito sírio, que favoreceu a escalada desta organização, o chefe da diplomacia americana, John Kerry, se reuniu em Moscou com seu contraparte russo, Serguei Lavrov, antes de se encontrar à noite com o presidente russo, Vladimir Putin.

"As forças do regime entraram em Palmira pelo lado sudoeste, pelo bairro de al Gharf", afirmou à agência AFP o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, que informou que o exército avançava lentamente "pelas minas colocadas" pelos radicais. Uma força militar disse que "o exército entrou pelo lado noroeste depois de ter assumido o controle de uma parte do Vale das Tumbas", onde ficam as famosas torres funerárias.

Outra fonte afirmou que um comando de forças especiais russas se encontrava no terreno, onde dirige operações e "intervém diretamente quando é necessário". Um oficial das forças especiais russas morreu em combates perto da cidade síria de Palmira, informou um porta-voz militar russo na Síria - citado por agências russas.

Segundo o OSDH, 40 extremistas e oito membros das forças do regime morreram em combates nas últimas 24 horas. A reconquista da cidade seria uma vitória estratégica e simbólica para o presidente sírio Bashar al Assad, já que quem controla essa posição, terá o domínio do vasto deserto que se estende da zona central da Síria até a fronteira com o Iraque, apontaram especialistas.

A cidade, declarada Patrimônio da Humanidade, continha numerosos tesouros antigos como o Arco de Triunfo, os templos de Bel e de Balshamin e as torres funerárias, símbolo da importância da cidade nos primeiros séculos depois de Cristo. Muitos dos sítios arqueológicos foram destruídos, em uma ação filmada e divulgada pelo EI.

Mossul

O diretor de Antiguidades da Síria, Maamoun Abdelkarim, indicou nesta quinta-feira que dois dos maiores tesouros arqueológicos que o EI destruiu com explosivos, os templos de Bel e Baal-Shamin, serão reconstruídos sob a supervisão do Unesco depois da "libertação próxima" de Palmira.

Ao mesmo tempo, o Iraque lançou uma ofensiva para recuperar Mossul, segunda cidade do país e principal alvo das autoridades iraquianas, que buscam recuperar os territórios em mãos do EI desde 2014.

O exército e as Unidades de Mobilização Popular, coalizão de milícias principalmente xiitas, lançaram a ofensiva, contando com o apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, cujos aviões efetuaram oito bombardeios nos arredores de Mossul.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, felicitou em comunicado os combatentes que "tiveram seu primeiro êxito com a tomada de vários povoados" perto de Mossul. Mossul, assim como Palmira e Raqa (norte), fazem parte do "califado" proclamado por Abu Bakr al Bagdadi, líder do EI, em 2014.


(Informações da AFP)
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.