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Egito/Acidente

Grupo EI afirma que pode provar que derrubou avião russo no Egito

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que reivindicou a derrubada do avião comercial russo no Egito no sábado (31), anunciou nesta quarta-feira (4) que não é sua responsabilidade comprovar a alegação, mas que pode fazer isto quando desejar.

Destroços do avião russo que transportava 224 pessoas de Sharm el-Sheikh para São Petersburgo; todos os ocupantes morreram na tragédia.
Destroços do avião russo que transportava 224 pessoas de Sharm el-Sheikh para São Petersburgo; todos os ocupantes morreram na tragédia. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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"Não temos nenhuma obrigação de explicar como caiu", afirma um integrante do EI que não se identificou em uma mensagem de áudio divulgada na conta do Twitter habitual da organização.

O braço egípcio do EI, chamado "Província do Sinai", anunciou no sábado no Twitter que "derrubou" o Airbus A321-200 da companhia charter russa Metrojet, mas sem explicar como realizou o ataque.

Especialistas que estudam a movimentação de grupos terroristas no Egito consideram que os jihadistas presentes no Sinai não dispõem de mísseis de longo alcance, capazes de atingir um avião a mais de 9 mil metros de altitude, posição que foi registrada pelos radares. Por outro lado, analistas indicam que uma bomba pode ter sido introduzida no avião, o que seria compatível com a desintegração em pleno voo e a queda de fragmentos em uma área extensa.

A aeronave caiu no deserto do Sinai, reduto do EI, depois que se partiu em duas partes em pleno voo, 23 minutos depois da decolagem da localidade turística egípcia de Sharm el-Sheikh. As 224 pessoas a bordo morreram na tragédia.

"Tragam os destroços e procurem, mostrem as caixas-pretas e analisem. Digam quais são os resultados de sua investigação", afirma o suposto membro do EI. "Provem que não derrubamos e como o avião caiu. Nós vamos detalhar como caiu no momento que escolhermos", concluiu o homem.

Novo atentado no Sinai

Pelo menos três policiais egípcios morreram nesta manhã em um atentado suicida no Sinai. O ataque foi reivindicado pelo braço egípcio do EI, que lançou um carro-bomba guiado por um kamikaze contra um clube frequentado por policiais. Esse novo ataque acontece na mesma região da queda do Airbus da companhia Metrojet. O grupo "Província do Sinai" vem realizando ataques quase diários contra policiais e soldados egípcios.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, conversaram pelo telefone ontem à noite e concordaram em reforçar a segurança do aeroporto de Sharm el-Sheikh, de onde o Airbus decolou. O lugar é um destino popular de turistas britânicos.

Em nota divulgada nesta manhã, Cameron disse que, enquanto restarem dúvidas sobre as causas do acidente, a segurança do aeroporto será reforçada o máximo possível.

As caixas-pretas do Airbus começaram a ser analisadas ontem, e o presidente egípcio já antecipou que análise pode levar bastante tempo.

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