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Síria

Irã participa pela primeira vez das discussões sobre a crise síria

Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, da Rússia, da Turquia e da Arábia Saudita iniciam na noite desta quinta-feira (29), em Viena, a segunda rodada de discussões sobre o conflito sírio. Será a primeira vez que o Irã, aliado do regime de Damasco, participará das negociações sobre a crise na Síria.

O secretário de estado norte-americano John Kerry participará de encontro em Viena.
O secretário de estado norte-americano John Kerry participará de encontro em Viena. REUTERS/Carlo Allegri
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A intensa mobilização diplomática continua na sexta-feira, quando o encontro será ampliado a vários outros países, entre eles o Irã. A presença do ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, foi confirmada pelo porta-voz da chancelaria iraniana e marca uma nova etapa nas discussões.

Moscou sempre defendeu a presença do Irã para buscar uma saída para o conflito na Síria. Na terça-feira, os Estados Unidos surpreenderam ao mudar de postura e aceitar a inclusão do país na mesa de negociação. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que essa será a melhor oportunidade para encontrar uma solução política desde o início do conflito, em 2011.

O Irã, de maioria xiita, e a Arábia Saudita, sunita, duas potências regionais, se opõem abertamente sobre a Síria. Teerã oferece apoio militar e político para o presidente Bashar Al-Assad e Ryad sustenta os opositores do regime e participa da coalizão liderada pelos Estados Unidos que bombardeia os jihadistas do Grupo Estado Islâmico.

Mortes continuam

Na reunião desta sexta-feira, os países que defendem a saída de Bashar Al-Assad do poder vão testar a verdadeira disposição de Moscou e Teerã para encontrar uma solução negociada para o conflito. O destino do presidente é um dos pontos cruciais para um eventual acordo.

Pelo menos 35 sírios, entre pacientes e pessoal médico, morreram e 72 ficaram feridos em recentes ataques aéreos que atingiram hospitais na Síria. Segundo a ONG francesa Médicos Sem Fronteiras, 12 hospitais já foram atingidos em províncias do norte, centro e leste do país.

Seis deles, apoiados pela organização humanitária, tiveram que interromper seus trabalhos. Quatro ambulâncias foram destruídas. O chefe da missão da Médicos Sem Fronteiras na Síria disse estar extremamente chocado de ver o direito internacional humanitário ser desrespeitado por todas as partes envolvidas no conflito sírio.
 

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