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Reino Unido/Síria

Depois da França, Reino Unido confirma utilização de gás sarin por Damasco

Depois da França, agora é o Reino Unido que afirma ter provas físicas da utilização do gás sarin na Síria, provavelmente da parte das tropas de Bachar al-Assad. Segundo um porta-voz, o governo obteve amostras que foram submetidas a testes na Inglaterra e revelaram a presença do gás tóxico.

Ataque a Qousseir, reduto rebelde, em 21 maio de 2013.
Ataque a Qousseir, reduto rebelde, em 21 maio de 2013. Reuters
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De acordo com o porta-voz, até agora não há provas do uso de armas químicas pela oposição. "Existem uma série de informações, ainda limitadas, mas convincentes, provando que o regime utilizou, e continua a utilizar armas químicas", reiterou o representante do governo britânico. Ele também pediu ao presidente Bachar al-Assad que autorizasse o acesso imediato e sem restrições dos observadores da ONU ao território sírio.

Segundo o governo britânico, a Síria possui estoques de armas químicas, formou unidades militares para utilizá-las e ainda mantém o controle destas tropas especializadas. O Reino Unido é o segundo país depois da França a afirmar que o regime sírio usa este tipo de arma na guerra contra os rebeldes. A questão vem sendo discutida pelas potências ocidentais há meses.

Nesta terça-feira, o chanceler francês Laurent Fabius declarou que todas as opções para colocar um fim ao conflito seriam analisadas a partir de agora, deixando subtendido que uma opção militar não estava descartada. Nesta quarta-feira, representantes da ONU, Rússia e Estados Unidos se reúnem para preparar a conferência de paz internacional sobre a Síria em Genebra.

O presidente Barack Obama já havia declarado que não aceitaria o uso de gás tóxico em ofensivas internas sem reagir. O gás sarin é inodoro e invisível. Um simples contato com a pele bloqueia a transmissão de sinais neurológicos e provoca uma parada cardiorespiratória.

Paralelamente, a região de Qousseir, situada na província de Homs, um dos redutos dos rebeldes, foi retomada hoje pelas tropas do regime e dos aliados do movimento Hezbollah. Ela é considerada estratégica porque liga Damasco ao litoral. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, o conflito no país já deixou 94 mil mortos desde o início do movimento de constestação, em 2011.

 

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