A ameaça do uso de armas químicas pelo ditador sírio Bashar al-Assad contra os opositores no seu país voltou à tona desde a semana passada. Os Estados Unidos acusaram o presidente de ter utilizado gás Sarin contra os rebeldes. Por diversas ocasiões, os americanos afirmaram que não tolerariam essa situação, uma "linha vermelha" que poderia resultar em uma intervenção externa no conflito sírio. Porém, na prática, a situação em campo é tão complexa que a ameaça pode acabar sendo em vão.
O diretor do Grupo de Estudos sobre o Mediterrâneo e o Oriente Médio da Universidade de Lyon 2, Fabrice Balanche, é autor de vários livros sobre a Síria e a região. Ele confirma a possibilidade de Bashar al-Assad estar usando armas químicas, mas acha que apesar das promessas de reação internacional, essa situação não será suficiente para mobilizar os ocidentais em uma intervenção militar na Síria.
Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Washington e Londres e membro do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USP, também considera que, por mais que uso deste tipo de armamento seja proibido pelas leis internacionais, ninguém vai se aventurar a enfrentar o ditador sírio neste momento.
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