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África/Conflito

Chefe dos rebeldes se autoproclama presidente da República Centroafricana

Os rebeldes da coalizão Seleka tomaram neste domingo, 24 de março de 2013, a cidade de Bangui, capital da República Centroafricana, após uma rápida ofensiva que provocou a fuga do presidente François Bozizé. O chefe rebelde Michel Djotodia, que se autoproclamou presidente, tentou tranquilizar a comunidade internacional protemendo respeitar os acordos de Libreville.  

Michel Djotodia, um dos principais líderes da rebelião desde 2005, tomou a capital Bangui e se autoproclamou presidente da República Centro-Africana neste domingo, 24 de março de 2013.
Michel Djotodia, um dos principais líderes da rebelião desde 2005, tomou a capital Bangui e se autoproclamou presidente da República Centro-Africana neste domingo, 24 de março de 2013. AFP PHOTO /PATRICK FORT
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A França, ex-potência colonizadora da República Centro-Africana, pediu que todas as partes envolvidas mantenham a calma e o diálogo em torno do governo de união nacional.

Os Estados Unidos também se declararam "profundamente preocupados" com a situação em Bangui, onde não há eletricidade e foram registradas pilhagens.

Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, condenou a tomada de poder pelos rebeldes e se disse inquieto com as violações dos direitos humanos.

O chefe rebelde Michel Djotodia, que se autoproclamou presidente, disse em entrevista exclusiva à RFI que vai manter o atual primeiro-ministro, Nicolas Tiangaye, figura da oposição a Bozizé, e que organizará eleições em até três anos.

Ainda não se conhece o paradeiro do presidente deposto, que comandou o país por dez anos. Ele chegou ao poder pelas armas em 2003, foi eleito presidente em 2005 e reeleito em 2011, após um pleito muito criticado pela oposição.

A rebelião havia lançado uma primeira ofensiva vitoriosa no dia 10 de dezembro no norte do país, mas devido à pressão internacional interrompeu seu avanço antes de chegar à capital.

Os acordos negociados em Libreville resultaram no dia 11 de janeiro na formação de um governo de união nacional. Afirmando que esses acordos não foram respeitados, os rebeldes lançaram uma outra ofensiva na última sexta-feira.

A França enviou cerca de 300 soldados a Bangui durante o final de semana, a fim de garantir a segurança dos 1200 cidadãos franceses que vivem no país.

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