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Síria/crise

Oposição síria pede intervenção militar urgente

A oposição síria defendeu nesta segunda-feira uma intervenção militar urgente na Síria para colocar um fim à repressão pelo regime, depois do último massacre em Homs, que deixou pelo menos 47 mortos. Nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, pediu que Bachar al-Assad responda rapidamente ao plano proposto pelas Nações Unidas e a Liga Árabe.

Membros da ASL, as Forças livres da Síria, em 29 de fevereiro de 2012
Membros da ASL, as Forças livres da Síria, em 29 de fevereiro de 2012 REUTERS/Stringer
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Em um comunicado divulgado durante uma coletiva em Istambul, o Conselho Nacional Sírio pediu uma ação rápida da comunidade internacional, que incluiria uma intervenção militar, a criação de uma zona de exclusão aérea e a implantação de corredores humanitários. "Para por fim à violência, não bastam comunicados e promessas vazias", alfinetou Burhan Ghalioun, representante dos opositores.

O secretário-geral da ONU Ban Ki Moon pediu ao presidente Bachar al Assad que "aja nos próximos dias" e responda rapidamente às propostas do emissário da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, para colocar um fim à violência. Annan deixou Damasco neste domingo depois de uma visita de dois dias ao país, e apresentou uma série de medidas concretas visando uma solução pacífica.

O plano de cinco pontos prevê, entre outras propostas, uma negociação entre a oposição e o regime e a autorização de entrada de ajuda humanitária no país. Uma intervenção militar está descartada. Em visita a Ancara nesta segunda-feira, Annan declarou que a "morte de civis deve parar imediatamente." O representante da ONU deve se encontrar com opositores sírios ainda hoje.

Nesta segunda-feira, as forças sírias retomaram os bombardeios nos bairros rebeldes de Idleb, no noroeste do país, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Pelo menos 18 pessoas morreram nos ataques. Falta água, eletricidade, e as linhas telefônicas foram cortadas na região.  Só em Deera, uma bomba explodiu na frente de uma escola, matando três pessoas e deixando 20 feridas.

Em Genebra, o presidente da comissão de observação internacional sobre a Síria, o brasileiro Paulo Pinheiro, denunciou o acesso limitado das organizações humanitárias, e disse, durante uma reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, "que muitos civis que fugiram da repressão declararam ter visto execuções sumárias e prisões em massa."

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu nesta segunda-feira, e a comunidade internacional pediu mais uma vez que a China e a Rússia, membros permanentes, se posicionem a favor de uma resolução. Os dois países bloquearam todas as tentativas de um texto condenando a violência no país.
 

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