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Como medida de segurança, ônibus noturnos em Paris vão poder parar fora dos pontos

A partir de setembro, não vai ser mais preciso esperar chegar até os pontos de ônibus para descer do transporte público em Paris. Após as 22h, os passageiros só precisarão pedir ao motorista para desembarcarem onde quiserem, anunciou na segunda-feira (28), Valérie Pécresse, presidente da Ile-de-France Mobilités (IDFM). A mudança pretende melhorar a segurança, principalmente das mulheres, no horário noturno.

A partir de setembro, os ônibus operados pela RATP em Paris, após as 22h, vão praticar gradativamente o desembarque de passageiros sob demanda.
A partir de setembro, os ônibus operados pela RATP em Paris, após as 22h, vão praticar gradativamente o desembarque de passageiros sob demanda. Eole99/Open access
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“A partir de 1º de setembro, os ônibus operados pela RATP, após as 22h, vão praticar gradativamente o desembarque de passageiros sob demanda em toda Paris”, declarou Pécresse ao jornal Le Parisien, apresentando esta medida, já testada nos subúrbios desde 2018, como "uma boa notícia para a segurança, especialmente das mulheres".

A responsável pela IDFM acredita que “ainda há muitos assuntos (a serem discutidos) sobre a qualidade do serviço dos transportes”. Os operadores, especialmente a RATP, estão com dificuldades para contratar profissionais, o que deixa "muitos ônibus metropolitanos e trens sem circular".

“Espero que os operadores façam todo o possível para garantir uma oferta em 100%, como tinham prometido”, insiste ela, que diz ter pedido que “(coloquem) foco em todas as linhas que servem as escolas”.

Valérie Pécresse informa também que faltam ainda 800 milhões de euros para completar o orçamento da IDFM para 2024. Ela pede ao Estado 200 milhões de euros para cobrir a conta dos transportes dos Jogos Olímpicos e a possibilidade de arrecadar 500 milhões de euros em novos impostos.

“Caso contrário, não abrirei as novas linhas”, referindo-se às extensões do trem RER E e a linha 14 do metrô, do aeroporto de Orly e de Saint-Denis, ameaçou.

"Não se trata de embarcar numa espiral de aumentos tarifários, o que seria socialmente insuportável e ecologicamente estúpido", assegura. “Quero que os aumentos do Navigo (nome do passe de transporte de Paris) sejam os mais moderados possíveis.”

Na versão online de sua entrevista ao Le Parisien, Valérie Pécresse responde ao CEO da RATP, Jean Castex, que quer renegociar seu contrato com a IDFM para levar em conta a inflação.

(Com AFP)

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