Depois de crise por causa de “dieselgate”, Volkswagen volta a liderar mercado mundial
O grupo automobilístico alemão Volkswagen vendeu 10,7 milhões de veículos no mundo em 2017 e volta assim a liderar o mercado, dois anos após a crise nas vendas gerada pelo “dieselgate”. As vendas no Brasil contribuíram para essa recuperação.
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Em uma declaração divulgada nesta quarta-feira (17), o presidente executivo da VW, Matthias Mueller, agradeceu à confiança dos consumidores. “Os números refletem essa credibilidade”, declarou.
Os números oficiais das gigantes do automobilismo ainda não foram publicados, mas a Volkswagen deve ultrapassar a rival japonesa Toyota, cujas vendas no ano passado podem ter alcançado 10,3 milhões de unidades.
O franco-brasileiro-libanês Carlos Ghosn, presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, discorda da inclusão da venda de 200 mil caminhões pesados nos balanços da empresa alemã. "A aliança, com mais de 10,6 milhões de veículos particulares e utilitários leves vendidos no mundo é o primeiro grupo automobilístico do mundo", afirma Ghosn.
Em 2015, as vendas da Volkswagen degringolaram depois das revelações de fraudes em testes de motores a diesel e gasolina para redução de emissão de gás carbônico e oxido de nitrogênio, em escândalo que ficou conhecido como "dieselgate". A Volkswagen se recuperou em 2016, em termos de entrega aos clientes, e confirmou esse número no ano passado.
Brasil lidera vendas na América do Sul
A China se consolida como primeiro mercado do grupo, com cerca de 4,2 milhões de veículos vendidos. Na América do Sul, o mercado teve um crescimento espetacular de 23,7% de entregas de automóveis e caminhões. O Brasil encabeçou esse avanço com 308 mil unidades vendidas no ano passado, uma alta de quase 20% em relação a 2016.
O grupo Volkswagen conta com 12 marcas, incluindo Audi, Porsche, Seat, Skoda e caminhões Scania e MAN.
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