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Conferência humanitária em Paris arrecada mais de € 2 bi para ajudar Sudão

Declaração conjunta adotada no final de uma conferência humanitária internacional nesta segunda-feira (15) em Paris diz que “todos os atores estrangeiros” devem parar de fornecer apoio armado aos beligerantes no Sudão. A comunidade internacional se comprometeu a pagar mais de € 2 bilhões em ajuda humanitária, conforme disse o presidente francês, Emmanuel Macron.

O Ministro das Relações Exteriores e Europeus da França, Stéphane Séjourné (2ª à esquerda), a Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock (2ª à direita) e o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell (3ª à direita), participam de uma reunião com autoridades como parte de uma Conferência Humanitária Internacional para o Sudão e países vizinhos países, em Paris, França, 15 de abril de 2024.
O Ministro das Relações Exteriores e Europeus da França, Stéphane Séjourné (2ª à esquerda), a Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock (2ª à direita) e o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell (3ª à direita), participam de uma reunião com autoridades como parte de uma Conferência Humanitária Internacional para o Sudão e países vizinhos países, em Paris, França, 15 de abril de 2024. AFP - SARAH MEYSSONNIER
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“Apelamos a todos os atores regionais e internacionais para apoiarem sem reservas uma iniciativa de paz consolidada em favor do Sudão, respeitando simultaneamente as aspirações do povo sudanês e a soberania, unidade e integridade territorial do país”, pediram 14 países, incluindo Alemanha, França, Estados Unidos, Arábia Saudita, Djibuti, Chade, e organizações internacionais como a ONU e Igad (Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento). 

O grupo reunido em Paris "prestou homenagem às iniciativas dos co-facilitadores das conversações de Jeddah, da União Africana e da Igad, assim como os países vizinhos, pelos seus esforços incansáveis ​​em prol da paz no Sudão", escreve a nota do Quai d'Orsay.

No entanto, um ano após o início das hostilidades, os países se mostram "profundamente preocupados com os trágicos efeitos da escalada do conflito imposta ao povo sudanês e aos países vizinhos". 

Os países acrescentaram estar "preocupados com as violações do direito internacional humanitário e dos direitos humanos no Sudão", pedindo as partes em conflito que respeitem seus compromissos e cumpram obrigações em relação às regras internacionais.

Corredores humanitários

Durante conferência com o objetivo de arrecadar fundos para os sudaneses à beira da fome, após um ano de guerra, o ministro das Relações Exteriores do Djibuti disse, nesta terça-feira, ser a favor de corredores humanitários seguros no Sudão, sob a égide das Nações Unidas.

“Se o fim das hostilidades entre as partes beligerantes se tornou inalcansável nesta fase, a intervenção humanitária é essencial”, declarou Mahmoud Ali Youssouf, cujo país preside a Igad atualmente. “É essencial abrir corredores humanitários", disse ele, sublinhando que “estes corredores devem ser assegurados por unidades da ONU em coordenação com os países da região”.

Ainda de acordo com o ministro, os sudaneses sofrem com a escassez de água, alimentos, medicamentos e estão expostos a doenças e epidemias. “Mais da metade da população precisa de ajuda humanitária de emergência”, alertou.

Ali Youssouf garantiu que Djibouti, à frente de Igad, trabalharia “para promover um diálogo inter-sudanês construtivo”.

A conferência humanitária de Paris é co-presidida pela França, Alemanha e União Europeia. A Embaixada do Brasil informou à RFI que não foi convidada a participar do encontro. 

(Com AFP)

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