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Coreia do Norte

Coreia do Norte quer ser maior potência nuclear do mundo; EUA dispostos a negociar

Os Estados Unidos estão dispostos a negociar com a Coreia do Norte "sem condições prévias", declarou nesta terça-feira (12) o secretário americano de Estado, Rex Tillerson. O anúncio de Tillerson foi seguido por declarações do líder norte-coreano, Kim Jong-Un, prometendo converter a Coreia do Norte na "maior potência nuclear do mundo".

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, conclui suas observações sobre o relacionamento entre os EUA e a Coreia durante um fórum no Atlantic Council em Washington, em 12 de dezembro de 2017.
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, conclui suas observações sobre o relacionamento entre os EUA e a Coreia durante um fórum no Atlantic Council em Washington, em 12 de dezembro de 2017. REUTERS/Jonathan Ernst
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"Estamos prontos para ter a primeira reunião sem condições prévias", disse Tillerson durante entrevista coletiva em Washington.

"Não é realista dizer: 'só vamos falar com vocês se vierem à mesa de negociações prontos para abandonar seu programa'" nuclear.

Até o momento, os Estados Unidos afirmavam que qualquer negociação deveria ser limitada à eliminação das armas nucleares da península coreana.

"Vamos nos encontrar e discutir o clima, se quiserem, ou se a mesa deve ser quadrada ou redonda, se isto lhes der prazer", disse o chefe da diplomacia americana.

Mas Tillerson acrescentou que a campanha americana de pressão econômica e diplomática sobre Pyongyang continuará "até que caia a primeira bomba".

O secretário de Estado destacou que Washington "simplesmente não pode aceitar uma Coreia do Norte com armas nucleares e que o presidente Donald Trump "pretende garantir que não tenham armas nucleares capazes de atingir as costas dos Estados Unidos".

Segundo o subsecretário-geral para Assuntos Políticos da ONU, Jeffrey Feltman, que regressou nesta terça-feira de Pyongyang, funcionários da Coreia do Norte já "aceitam que é importante prevenir uma guerra".

Feltman se reuniu com o ministro norte-coreano das Relações Exteriores, Ri Yong-Ho, e com o vice-chanceler, Pak Myong-Kuk, durante o final de semana em Pyongyang, na primeira visita realizada por um alto funcionário da ONU ao país desde 2010.

"Escutaram seriamente nossos argumentos", destacou Feltman, reconhecendo que "neste momento não nos ofereceram qualquer tipo de compromisso". "Acredito que têm que refletir sobre o que dissemos com sua própria liderança".

"O tempo dirá qual foi o impacto das nossas conversações, mas acredito que deixamos a porta entreaberta. Espero que a porta para uma solução negociada se abra agora".

Potência nuclear e militar

Em discurso para trabalhadores do programa balístico, Kim declarou nesta terça-feira que seu país "avançará vitoriosamente e se converterá na maior potência nuclear e militar do mundo", segundo a agência oficial norte-coreana KCNA.

No dia 28 de novembro, Pyongyang lançou um míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de atingir o território continental dos Estados Unidos, segundo especialistas.

Muitos analistas se mostram céticos sobre o fato de que Pyongyang tenha dominado a tecnologia necessária para permitir que o míssil resista à reentrada na atmosfera terrestre.

O lançamento do mês passado foi o primeiro teste do tipo desde 15 de setembro e anulou as esperanças de que a Coreia do Norte abra as portas para uma solução negociada para a crise nuclear.

(Com informações da AFP)

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