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Terrorismo/Grupo Estado Islâmico

60% dos integrantes do grupo Estado Islâmico são estrangeiros

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, declarou na manhã desta terça-feira (2) que o grupo Estado Islâmico conta cada vez mais com combatentes estrangeiros, número superior até mesmo ao de iraquianos. O alerta foi feito durante a reunião da coalizão internacional em Paris, que tem o objetivo de revisar a estratégia diante dos últimos avanços dos jihadistas no Iraque e na Síria.

O jihadista francês Maxime Hauchard, de 22 anos, identificado no ano passado em um dos vídeos do grupo Estado Islâmico.
O jihadista francês Maxime Hauchard, de 22 anos, identificado no ano passado em um dos vídeos do grupo Estado Islâmico. DR.
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Na coletiva de imprensa que concedeu nesta manhã, Al-Abadi declarou: "o grupo Estado Islâmico está criando uma nova geração de soldados fiéis e endoutrinados". Ele classificou a questão como "um problema internacional". Cerca de 60% dos integrantes da facção seriam estrangeiros, lembrou o primeiro-ministro iraquiano.

Al-Abadi também denunciou o fracasso da comunidade internacional na luta contra os jihadistas. Para ele, os ataques aéreos contra as posições da organização terrorista não são suficientes. Ele reclamou da falta de informações e da presença de soldados da coalizão no terreno para frear o avanço dos jihadistas.

Representantes de vinte e quatro países e de organizações internacionais estão participando do encontro em Paris. A reunião é presidida pelo ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, e pelo premiê iraquiano. O secretário de Estado americano, John Kerry, que também dirigiria as conversas, teve que cancelar sua participação após fraturar o fêmur em um acidente de bicicleta, no final de semana, na França.

Irã apoiará Al-Assad até o fim

O presidente iraniano, Hassan Rohani, criticou duramente nesta terça-feira os erros de cálculo dos países que apoiam a rebelião síria. Ele afirmou que Teerã apoiará o regime de Bashar al-Assad até o fim do conflito.

"Após quatro anos de resistência e perseverança, os planos dos inimigos da Síria, que pensavam em dominar este país em alguns meses, ruíram", afirmou Rohani.

"Infelizmente, alguns países da região fizeram erros de cálculo e pensam que os grupos terroristas sempre estarão em condições de alcançar seus objetivos: no entanto, cedo ou tarde eles também sofrerão a praga do terrorismo", acrescentou, segundo um site do governo iraniano.

O Irã é o maior aliado regional do regime sírio, a quem fornece um importante apoio militar e financeiro em um conflito que já deixou mais de 220 mil mortos desde seu início, em março de 2011.

Assim como Damasco, a república islâmica considera os rebeldes sírios como terroristas e acusa os países ocidentais, a Turquia e alguns países árabes do Golfo de financiar grupos radicais como o Estado Islâmico (EI) ou a Frente al-Nosra, o braço local da Al-Qaeda.

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