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Egito/Crise

Exército egípcio dá ultimato para que islamitas formem coalizão

De acordo com informações de um site próximo ao comando militar egípcio, o chefe das Forças Armadas, Abdel Fattah al-Sissi, deu 48h para que a Irmandade Muçulmana se alie ao processo de reconciliação, lançado após a destituição do presidente Mohammed Mursi, no início do mês. A informação do ultimato militar foi divulgada também pela agência oficial MENA.

Segurança é reforçada no Cairo, depois do anúncio de novas manifestações.
Segurança é reforçada no Cairo, depois do anúncio de novas manifestações. REUTERS/Asmaa Waguih
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Os islamitas teriam até sábado ao meio dia para assinar um documento rumo à formação de uma coalizão. Os partidários de Mursi denunciam um discurso de intimidação e de ameaça e não reconhecem a “legitimidade” do novo governo egípcio, fruto do que classificam como um “golpe de estado”.

Para eles, a convocação de manifestações por partes dos militares para essa sexta-feira pode desencadear uma guerra civil no país. A Irmandade Muçulmana organiza na mesma data cerca de quarenta manifestações em todo o Egito, para pedir o retorno de Mursi.

Já os militares querem que seus partidários demonstrem apoio ao novo governo e validem sua “luta contra a violência e o terrorismo”. O primeiro-ministro interino, Hazem el Beblaoui, denunciou nesta quinta-feira ataques por grupos cada vez mais armados contra instituições governamentais.

A diplomacia francesa expressou sua preocupação e pediu que o direito de manifestar pacificamente seja respeitado. Enquanto o governo americano quer que o Egito evite o confronto entre manifestantes rivais. O porta-voz da presidência americana, Josh Earnest, exprimiu sua inquietude com a situação no país, nesta quinta-feira.

No início deste mês de julho, um outro ultimato de 48h feito pelos militares egípcios para que Mursi atendesse as demandas populares, levou a sua destituição no dia 3. O confronto entre manifestantes dos dois campos já provocou a morte de ao menos 100 pessoas.
 

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