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Síria/Refugiados

Milhares de sírios se refugiam no Líbano para escapar da violência

Cerca de 30 mil refugiados atravessaram a fronteira entre a Síria e o Líbano nos últimos dois dias para tentar escapar dos confrontos que tomam conta do país. Após uma semana de violentos ataques na capital Damasco, os combates entre o exército e os opositores ao regime de Bashar al-Assad se intensificaram neste sábado de Alepo, a segunda maior cidade do país.

Manifestantes protestam contra o regime de Bashar al-Assad em Kubani, próximo de Alepo.
Manifestantes protestam contra o regime de Bashar al-Assad em Kubani, próximo de Alepo. REUTERS/Shaam News Network
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De acordo com o Alto Comissariado para os refugiados das Nações Unidas, cerca de 30 mil pessoas atravessaram a fronteira entre a Síria e o Líbano nas últimas 48 horas. O fenômeno de êxodo, que também foi registrado rumo à Jordânia e à Turquia, aumentou após o atentado de quarta-feira na capital Damasco, onde responsáveis do governo foram mortos.

Nesse sábado a violência tomou conta de Alepo, a segunda maior cidade da Síria e capital econômica do país. Milhares de pessoas deixaram suas casas no bairro central de Salaheddine. Homs, bastião da oposição, também foi alvo de violentos ataques durante o dia.

A situação continua tensa na capital, onde bombardeios ainda eram ouvidos durante a madrugada. De acordo com o Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH), os bairros de Qadam e Assali, na periferia sul de Damasco, foram alvos de bombas durante noite.

A comunidade internacional continua, sem sucesso, suas discussões sobre a situação síria. Nesse sábado, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon disse que as autoridades da Síria fracassaram em sua missão de proteger a população e pediu, mais uma vez, que o regime de Damasco pare de usar armas contra o povo. O lado francês, o ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius solicitou a formação de um governo provisório rapidamente. “O regime de Bashar al-Assad foi condenado por seu próprio povo. Chegou a hora de preparar a transição e o dia seguinte”, disse o representante de Paris.

Segundo o chefe do OSDH, Rami Abdel Rahmane, desde que os confrontos começaram, em março de 2011, mais de 17 mil pessoas já morreram. Pelo menos 24 pessoas foram mortas apenas nesse sábado, das quais 12 civis. 

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