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Crise imobiliária

Espanha promove quinta reforma bancária em três anos

O governo espanhol aprovou nesta sexta-feira a quinta reforma bancária dos últimos três anos no país. O decreto-lei que reestrutura as entidades de crédito é uma das contrapartidas exigidas pela Eurozona para liberar o empréstimo de até 100 bilhões de euros prometido em junho para o setor, fragilizado desde o estouro da bolha imobiliária, em 2008.

Espanhóis enfrentam quinta reestruturação do sistema bancário em três anos.
Espanhóis enfrentam quinta reestruturação do sistema bancário em três anos. REUTERS/Jon Nazca
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Em grandes linhas, a nova reforma aumenta as taxas de solvência exigidas dos bancos e facilita a passagem a tutela pública das instituições que não atingirem estas metas. Ela também estabelece a criação de um "bad bank" ou banco de revogação, para o qual serão transferidos os ativos imobiliários considerados de risco para serem realocados ao mercado.

De acordo com a porta-voz do governo espanhol Soraya Saenz de Santamaria, "esta norma tem como objetivo fundamental proteger o processo de saneamento (do setor bancário) para relançar o crédito" às empresas e ao povo espanhol, "sem onerar o contribuinte". Ela explicou que o plano deve dinamizar o mercado imobiliário ao colocar à venda uma reserva de moradia a preços razoáveis. Desde a bolha, estima-se que o país tenha mais de um milhão de alojamentos desocupados.

Panela de pressão
A Espanha continua sob forte tensão dentro da zona do euro. Além de ter pedido o maior plano de salvamento financeiro sem ter conseguido cumprir com o pagamento de suas dívidas, o país tem o maior índice de desemprego do bloco: 25,1% da população ativa não tem trabalho. Os dados sobre o desemprego na região foram divulgados nesta sexta-feira pelo Eurostat, o organismo europeu de estatística.

De acordo com a pesquisa, o bloco teve desemprego recorde em julho, com 11,3% da população ativa (ou 18 milhões de pessoas) fora do mercado. Comparado a julho do ano passado, o número de desempregados nos 17 paises da união monetária teve um aumento de mais de dois milhões. Trata-se do décimo quinto mês consecutivo em que o desemprego atingiu ou ultrapassou 10% na zona do euro.

O estado com menor índice de desemprego é a Áustria, com apenas 4,5%, seguida por Holanda (5,3%), Alemanha e Luxemburgo, com 5,5% cada. No conjunto da União Europeia, que reúne 27 estados, o índice de desemprego permaneceu estável em julho com relação ao mês anterior, a 10,4% da população ativa, o que também é um recorde.

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