Papa clama pela paz na Síria e na Nigéria em mensagem de Páscoa
O papa Bento 16 presidiu, neste domingo, a tradicional festa de Páscoa na basílica de São Pedro, no Vaticano – um dos momentos mais esperados do ano por cerca de 1,2 bilhões de católicos em todo o mundo. Em sua mensagem pascal “urbi et orbi” (à cidade e ao mundo), ele tratou especialmente da violência no Oriente Médio e na África.
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Diante de cem mil fiéis, o religioso condenou a violência na Síria, onde mais de 10 mil civis foram mortos desde o ano passado nos combates entre rebeldes e forças do governo ditador de Bashar al-Assad. “Na Síria, particularmente, que se cesse o derramamento de sangue e que seja encontrado sem demora o caminho do respeito, do diálogo e da reconciliação, como deseja a comunidade internacional”, suplicou.
Bento 16 também criticou os “sangrentos ataques terroristas” na Nigéria que atingem as igrejas cristãs: “Que a alegria pascal dê energias necessárias para recomeçar a construir uma sociedade pacífica e que respeite a liberdade religiosa de seus cidadãos”. Já para o Mali, “que atravessa um delicado momento político”, ele clamou pela "paz e estabilidade".
A imprensa europeia relatou que o líder católico que completará 85 anos no dia 16 de abril aparentava estar cansado e realizou uma missa mais curta do que se esperava. Com uma agenda intensa nessas últimas semanas, o papa recentemente viajou a Cuba e ao México e participou de cinco eventos religiosos na semana passada.
Vigília
Ontem à noite, o Bento 16 deu início às comemorações da Páscoa com uma vigília na basílica de São Pedro. Em sua homília, o religioso denunciou a "ameaça" para o homem contemporâneo que constitui "a escuridão sobre Deus e seus valores", em um momento em que seus imensos conhecimentos lhe dão um "poder incrível".
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