Greve geral na França atinge refinarias e usinas nucleares
Esta quinta-feira (26) marca o oitavo dia de mobilização e greve geral contra a reforma trabalhista na França em menos de três meses. Trabalhadores de várias categorias voltam a cruzar os braços e a protestar em várias cidades do país, exigindo a retirada do projeto de lei do governo que flexibiliza o Código do Trabalho francês.
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Em Paris, a passeata acontece esta tarde da praça da Bastilha à praça da Nação. Os setores mais atingidos pela paralisação são os transportes públicos, as refinarias e as usinas nucleares.
O tráfego ferroviário é pouco afetado, em média 20% dos trens não circulam, segundo a direção da rede ferroviária francesa. A aviação civil recomendou o cancelamento de 15% dos voos domésticos.
Dezesseis das 19 usinas nucleares, responsáveis por mais de 80% da energia do país, estão em greve, mas o epicentro do movimento é o setor petroleiro. Cinco das oito refinarias francesas são afetadas e vários depósitos de combustíveis estão bloqueados.
Primeiro-ministro inflexível
Apesar do governo ter começado a usar os estoques estratégicos para evitar a escassez do produto, 4 mil postos de gasolina, que representam 46% de todo o pais, estão totalmente ou parcialmente sem combustível.
Esta manhã, contrariando a posição do governo, o ministro das finanças, Michel Sapin, disse que talvez fosse melhor modificar alguns pontos polêmicos do texto contestado pelos sindicatos. O primeiro-ministro Manuel Valls reprendeu o ministro e continua inflexível, afirmando que a reforma será aplicada.
Uma nova jornada nacional de mobilização já esta marcada para 14 de junho.
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