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Espanha tenta garantir futuro de seus cidadãos no Reino Unido em Brexit sem acordo

A Espanha declarou nesta sexta-feira (1°) ter adotado um decreto para minimizar os efeitos de um possível Brexit sem acordo. O documento preservará o visto de residência de cerca de de 300.000 britânicos que moram em seu território, além de preservar seus direitos no país. Em troca, Londres deverá retribuir com o mesmo procedimento, no caso de espanhóis vivendo no Reino Unido.

Mulheres conversam em Gibraltar, território do Reino Unido reivindicado historicamente pela Espanha, em 22 de novembro de 2018.
Mulheres conversam em Gibraltar, território do Reino Unido reivindicado historicamente pela Espanha, em 22 de novembro de 2018. REUTERS/Jon Nazca
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Madri exigiu que Londres garanta o direito à residência e trabalho de 150.000 espanhóis, que vivem no Reino Unido. O objetivo é garantir "que nenhum cidadão britânico ou espanhol fique desprotegido, nem ele nem seus parentes", declarou Carmen Calvo, vice-presidente do governo do socialista Pedro Sanchez. A Espanha é o país da União Europeia que abriga o maior número de britânicos fora do Reino Unido.

Calvo detalhou medidas relativas a residência, emprego e saúde que complementarão as adotadas pela UE. O decreto estabelece assim "as medidas necessárias para proteger os trabalhadores e aposentados cobertos pelo sistema de segurança social da Espanha e do Reino Unido". "Esperamos não precisar usar esse decreto", observou a vice-presidente, garantindo que ele seria implementado "se o Reino Unido decidir abandonar a União Europeia mesmo sem acordo”.

Gibraltar

Ela enfatizou que uma atenção especial seria destinada à área do Campo de Gibraltrar em Andaluzia, no sul da Espanha, para garantir um "fluxo rápido" de passagem para os 9.000 trabalhadores espanhóis que atravessam a fronteira diariamente para Gibraltar.

Os empregos no enclave britânico da rica Gibraltar, situada no extremo sul da Espanha, são vitais para os habitantes da região. Mas esses trabalhadores são também indispensáveis ​​para o bom funcionamento da economia do famoso rochedo.

Um mês antes do Brexit, normalmente previsto para 29 de março, o Reino Unido corre o risco de ficar sem um acordo de saída, com os deputados tendo rejeitado massivamente em janeiro o texto negociado entre a primeira-ministra britânico Theresa May e a UE.

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