Após sucesso no Brasil e na Netflix, “Confissões de uma garota excluída” é publicado na França

“Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática”, da carioca Thalita Rebouças, segue seu caminho de sucesso pelo mundo. Após ter conquistado os leitores no Brasil e os telespectadores na plataforma Netflix, que adaptou a obra para as telas, o livro ganha uma versão em francês, publicada pela editora Michel Lafon, com tradução de Izabela Borges.

A escritora Thalita Rebouças nos estúdios da RFI, em Paris, para o lançamento em francês do livro “Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática” © RFI

Mesmo com 25 livros no currículo, alguns deles com sucesso internacional, e mais de 2,5 milhões de exemplares de suas obras vendidas apenas no Brasil, a escritora Thalita Rebouças saboreia o lançamento de “Confissões de uma garota excluída...” na França, país onde publica pela primeira vez. De passagem por Paris para promover o projeto, ela não esconde a sua empolgação diante da adaptação da obra na língua de Molière e não vê a hora de passear pelas livrarias da cidade para ver o livro nas prateleiras.

“Confissões de uma garota excluída...” é lançado em um mercado francês conhecido por seu público de leitores vorazes, mas também pela grande concorrência, com escritores do mundo inteiro buscando espaço e visibilidade. Mas Thalita aposta que a história de Teanira, uma adolescente que tenta se adaptar em uma nova escola em Copacabana, tem tudo para conquistar os franceses, como fez com os brasileiros.

Para ela, o fato de tratar de assuntos universais, como as dúvidas da adolescência, as dificuldades de se integrar na sociedade, a importância da família, ou ainda a questão do bullying, é o que torna seu livro atraente em qualquer lugar do mundo. “Esses temas acabam tocando muita gente. A garota da França, a garota ou garoto do interior do Brasil, ou de Portugal... Qualquer pessoa é capaz de se identificar com essa jornada de autoconhecimento que essa personagem faz”, defende a autora, que depois da fama como escritora também ficou conhecida do grande público por sua atuação no programa de televisão The Voice Kids.

Ex-jornalista que queria "inventar" personagens

A ex-jornalista, que desviou a rota profissional para escrever ficções alegando que, como repórter, “não podia inventar”, agora multiplica personagens e projetos, cada vez mais próximos do audiovisual. Além dos vários livros adaptados para as telas, a autora também se aventura como roteirista para projetos de filme que, em seguida, se transformam em livros, como “Pai em dobro”.

“Eu comecei a me meter com roteiro depois da adaptação de um dos meus primeiros projetos com direitos vendidos para o cinema, e que não gostei”, conta. “Então decidi que ia ter que aprender a fazer, pois às vezes realmente precisa mudar algumas coisas e, se tiver que ter mudanças, eu mesma as farei. Desde então, o bichinho do audiovisual me pegou”, resume. “Mas adaptação é difícil. Eu sofro, mas no fim fico feliz, porque sempre acho que minhas adaptações estão fiéis aos livros. E como tenho muito respeito pelos meus leitores, quero que eles vejam o filme e digam: ‘esse é o livro que eu li’”.

Além da promoção na França de “Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática”, Thalita trabalha atualmente na adaptação do best-seller “Por que só as princesas se dão bem?”, que está em pré-produção. O conto “O Verão”, tirado do livro “Um ano inesquecível”, também será rodado este ano e uma versão cinematográfica de “Era uma vez minha primeira vez” e “360 dias de sucesso” está em preparação.

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