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Exército russo recruta combatentes indianos para lutar na Ucrânia

O governo indiano acaba de admitir que vários cidadãos do país foram recrutados pelo Exército russo para lutar na guerra da Ucrânia. A revelação acontece no momento em que os familiares desses combatentes temem não ter mais notícias deles. Nova Delhi está em negociações com Moscou para repatriar esses cidadãos indianos.

Um soldado do Exército russo em combate contra as tropas ucranianas. (imagem ilustrativa)
Um soldado do Exército russo em combate contra as tropas ucranianas. (imagem ilustrativa) AP
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Com o correspondente em Nova Delhi, Sébastien Farcis

O jovem Mohammed Sufiyan foi recrutado no final de 2023 como simples agente de segurança do Exército russo. Ele partiu para Moscou, na esperança de um salário alto. Porém, rapidamente ele recebeu uma arma para lutar no front contra o Exército ucraniano. Hoje, sua família está preocupada, pois não tem mais notícias dele, como conta o irmão, Imran, à agência indiana ANI.

“Outro indiano da Caxemira, que estava lá, nos contou que meu irmão havia levado um tiro na perna e não conseguia mais andar. Mas há quase dois meses não tivemos mais notícias. Os agentes que o recrutaram não disseram que ele lutaria!", completa.

Segundo investigação do jornal The Hindu, cerca de uma centena de indianos foram contratados como agentes de segurança do Exército russo, com contrato de um ano. Vários foram então empurrados para a linha de frente, onde alguns ficaram feridos.

Diante da pressão das famílias, o ministro das Relações Exteriores indiano anunciou, segunda-feira (26), que havia conversado com o chanceler russo e vários recrutas teriam sido desmobilizados.

Três anos de guerra

Neste sábado (24,) a guerra na Ucrânia entrou em seu terceiro ano. De acordo com observadores internacionais, Kiev está em uma posição enfraquecida, com a ajuda dos aliados diminuindo, enquanto a máquina militar russa ganha poder.

Quando Vladimir Putin anunciou que as tropas russas entrariam em território ucraniano na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, o presidente russo acreditou que poderiam tomar Kiev em poucos dias, mas a resistência ucraniana obrigou Moscou a se retirar.

Em 2023, foi a Ucrânia quem viveu o fracasso de sua grande contraofensiva. O G7 decidiu assinar contratos bilaterais de segurança com a Ucrânia. Depois de Londres, em janeiro deste ano, Kiev assinou este tipo de acordo, na semana passada, com a Alemanha e a França, e outros 25 estados aderiram à iniciativa, como a Polônia. A Itália também planeja assinar um documento na mesma linha.

Esses acordos de segurança dizem respeito à concessão de equipamento militar, ao treino das forças ucranianas e ao fortalecimento da indústria de defesa da Ucrânia.

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