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Premiê israelense Netanyahu rejeita plano de cessar-fogo do Hamas e ordena ofensiva em Rafah

O primeiro-ministro israelense ordenou esta quarta-feira (7) ao Exército que “prepare” a ofensiva em Rafah, onde estão concentrados os palestinos deslocados pela guerra contra o Hamas, rejeitando qualquer concessão nas negociações para uma trégua na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu rejeitou proposta de trégua de Hamas nesta quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu rejeitou proposta de trégua de Hamas nesta quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024. © Ronen Zvulun / Reuters
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“Ordenamos às Forças de Defesa israelenses que preparem uma operação em Rafah, além de dois campos (de refugiados), os últimos redutos remanescentes do Hamas”, explicou Benjamin Netanyahu num discurso na televisão, no dia em que a guerra entra em seu quinto mês.

Netanyahu rejeitou a ideia de uma pausa nos combates, garantindo que a vitória sobre o movimento islâmico palestino é “uma questão de meses” graças à “pressão militar contínua”.

“Ceder às exigências delirantes do Hamas (…) não só não levará à libertação dos reféns, mas levará a outro massacre”, disse ele.

O anúncio ocorre enquanto o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, está em Israel como parte de uma viagem regional para discutir um acordo de trégua.

Blinken já havia reiterado que ainda havia "muito trabalho" para chegar a um acordo que incluísse a libertação dos reféns detidos no território palestino, às vésperas da abertura no Cairo de uma nova rodada de negociações, patrocinada pelo Egito e pelo Catar, segundo uma autoridade egípcia.

A guerra foi desencadeada em 7 de outubro por um ataque sem precedentes em solo israelita de comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza, que resultou na morte de mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP feito a partir de dados oficiais israelenses.

Cerca de 250 pessoas foram sequestradas naquele dia. Segundo Israel, 132 reféns continuam detidos em Gaza, dos quais 29 teriam morrido.

Em resposta, Israel prometeu “destruir” o Hamas e lançou uma ofensiva que deixou 27.708 pessoas mortas na Faixa de Gaza, a grande maioria delas mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.   

Depois do Egito e do Catar na terça-feira, o secretário de Estado americano foi a Jerusalém nesta quarta-feira e depois a Ramalah, na Cisjordânia ocupada, para a sua quinta viagem à região desde o início da guerra.

Ele apoia uma proposta de trégua elaborada por responsáveis ​​americanos, catarianos e egípcios no final de janeiro em Paris, à qual o Hamas respondeu.

(Com informações da AFP)

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