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Estudo mostra que existem ainda 245 mil sobreviventes do Holocausto no mundo

Quase 80 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, ainda existem cerca de 245 mil sobreviventes do Holocausto vivos em mais de 90 países, mostrou um estudo divulgado nesta terça-feira (23). A pesquisa foi realizada pela Claims Conference. 

Monumento em homenagem às vítimas do Holocausto, em Berlim, em 27/01/23.
Monumento em homenagem às vítimas do Holocausto, em Berlim, em 27/01/23. AP - Markus Schreiber
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De acordo com a Claims Conference, organização que busca indenização por danos aos sobreviventes do Holocausto, 119.300 deles vivem em Israel, 38.400 nos Estados Unidos, 21.900 na França e 14.200 na Alemanha.

“Quase toda a atual população de sobreviventes eram crianças na época da perseguição nazista, tendo sobrevivido a campos, guetos, fugas e vivendo na clandestinidade”, afirma o relatório, destacando que as crianças tinham “as menores chances de sobreviver”.

Com uma idade média de 86 anos, eles estão "num período da vida em que a necessidade de cuidados está aumentando", disse Gideon Taylor, presidente da Claims Conference, acrescentando que é "hora de redobrar nossa atenção para essa população em declínio".

O relatório é o mais abrangente dos últimos anos, recorrendo a “uma base de dados mundial sem precedentes de sobreviventes”, afirmou a conferência.

Indenizações a sobreviventes

Fundada em 1951, a Claims Conference tem sido a principal organização que busca indenizações para os sobreviventes do Holocausto e foi signatária do Acordo do Luxemburgo, no qual a Alemanha Ocidental assumiu a responsabilidade pelas atrocidades nazistas e pagou reparações.

A assinatura do acordo pela Alemanha Ocidental foi amplamente vista como o seu primeiro grande passo de regresso à comunidade das nações após a Segunda Guerra Mundial, na qual seis milhões de judeus foram assassinados no Holocausto.

Desde então, a Alemanha pagou mais de US$ 90 bilhões como resultado de negociações com a Claims Conference, segundo o grupo.

Alguns sobreviventes – como os encarcerados em campos de concentração – continuam elegíveis para pagamentos contínuos, enquanto outros – incluindo aqueles que fugiram do regime nazista – recebem pagamentos únicos.

(Com AFP)

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