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Coreia do Sul proíbe a venda de carne de cachorro, mas medida só entra em vigor em 2027

O Parlamento da Coreia do Sul votou nesta terça-feira (09) uma lei que proíbe o consumo e venda de carne de cachorro. Esta prática culinária histórica no país será oficialmente ilegal após um período de transição de três anos. Uma decisão bem recebida pelas organizações de defesa dos direitos dos animais, mas que questiona o futuro tanto dos cães como dos criadores.

Cachorros de um criador em uma gaiola em Pyeongtaek, na Coréia do Sul, em 27 de junho de 2023.
Cachorros de um criador em uma gaiola em Pyeongtaek, na Coréia do Sul, em 27 de junho de 2023. AP - Ahn Young-joon
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Nicolas Rocca correspondente da RFI em Seul

Mais de dois terços dos deputados sul-coreanos votaram a favor do texto que proíbe o consumo e a venda de carne de cachorro e nenhum votou contra.

A grande aderência dos deputados à proposta reflete o sentimento nacional em relação à prática. Cerca de seis milhões de sul-coreanos têm cães como animais de estimação, mas apenas uma minoria continua a usá-los como ingrediente em refeições. Apenas 8% relataram ter comido o prato feito com carne de cachorro no ano passado, de acordo com uma pesquisa da organização Gallup Korea.

Historicamente, a carne é servida numa sopa: a bosintang. Um prato que supostamente dá energia nos períodos de muito calor, e que é apreciado principalmente pelas gerações mais velhas.

Apesar do consumo de carne canina estar em declínio, a sua proibição não é unânime. As associações de criadores manifestaram repetidamente a sua oposição ao projeto de lei e pretendem submeter o assunto ao Conselho Constitucional. Se o texto prevê remuneração para profissionais do setor, os contornos permanecem vagos. Assim como os detalhes sobre o futuro dos cerca de 600 mil cães ainda em gaiolas, segundo dados do Ministério da Agricultura.

A proibição será implementada definitivamente em 2027 e tanto a venda quanto o consumo serão puníveis com três anos de prisão e multa de € 20 mil.

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