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Navalny: opositor russo diz estar bem em prisão no Ártico e brinca com barba de "papai Noel"

Foram semanas sem notícias de Alexei Navalny, o ativista anticorrupção e inimigo número um de Vladimir Putin. Porém, nesta terça-feira (26), ele garantiu nas redes sociais que estava “bem”, após ser transferido para uma colônia penal no Ártico. A viagem até seu novo local de detenção durou 20 dias e foi “bastante cansativa”, declarou o opositor do Kremlin no X (ex-Twitter).

Alexeï Navalny indicou que chegou à sua nova prisão no sábado (23) à noite, após uma viagem discreta e “com um itinerário tão estranho” que não pensava que seria encontrado pelos parentes antes de meados de janeiro.
Alexeï Navalny indicou que chegou à sua nova prisão no sábado (23) à noite, após uma viagem discreta e “com um itinerário tão estranho” que não pensava que seria encontrado pelos parentes antes de meados de janeiro. REUTERS - YULIA MOROZOVA
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“Mas estou em bom estado de espírito, como o Papai Noel”, acrescentou Alexei Navalny, referindo-se à barba que cresceu durante a longa viagem e as suas novas roupas de inverno adaptadas às temperaturas polares. "De qualquer forma, não se preocupem comigo. Estou bem. Estou aliviado por finalmente estar aqui", acrescentou ele.

Depois de vários dias de angústia, na segunda-feira (25), os parentes de Navalny anunciaram que o haviam localizado em uma colônia penal de Kharp, em Yamalo-Nenetsia, uma região remota no norte da Rússia. O local fica além do Círculo Polar Ártico, onde estão localizadas várias colônias penais russas.

Alexei Navalny, 47 anos, cumpre pena de 19 anos de prisão por “extremismo”. Ele foi preso em janeiro de 2021 ao retornar à Rússia após uma convalescença na Alemanha por um envenenamento que atribui ao Kremlin.

O prisioneiro havia desaparecido no início de dezembro da colônia penal da região de Vladimir, a 250 quilômetros a leste de Moscou, onde estava detido.  Sinal de sua provável transferência para outro estabelecimento penal.

 

Surpreso de ser localizado

Alexeï Navalny indicou que chegou à sua nova prisão no sábado (23) à noite, após uma viagem discreta e “com um itinerário tão estranho” que não pensava que seria encontrado pelos parentes antes de meados de janeiro.

“Por isso fiquei surpreso quando ontem a porta da cela se abriu e me disseram: ‘um advogado está aqui para ajudá-lo’”, disse ele, dizendo que estava grato pelo “apoio” manifestado.

No Ocidente, o desaparecimento de Navalny causou preocupação que não foi totalmente dissipada pelo seu reaparecimento numa região muito remota.

Os Estados Unidos afirmaram, na segunda-feira, estarem “profundamente preocupados” com as “condições de detenção” de Alexei Navalny, exigindo a sua libertação.

Segundo um dos colaboradores próximos do opositor, Ivan Zhdanov, Navalny está detido em “uma das colônias prisionais mais setentrionais e remotas” da Rússia, onde as condições são muito “difíceis”.

(Com informações da AFP)

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